Sepp Kuss desfrutou como nunca nesta Volta a Espanha em bicicleta, devido ao carinho do público, que o ajudou “a superar tantas coisas”, estendendo o seu agradecimento a toda a Jumbo-Visma, nomeadamente a Jonas Vingegaard e Primoz Roglic.
“Como lhes disse antes no autocarro, depois de estar com o Primoz no Giro e com o Jonas no Tour, sinto-me verdadeiramente orgulhoso de estar aqui com eles. Foram três semanas de loucos, e não teria conseguido sem o apoio de Primoz, Jonas, Robert [Gesink], Wilco [Kelderman], Jan [Tratnik], Dylan [van Baarle], Attila [Valter], de todos na equipa”, disse no pódio final, em Madrid, nomeando um a um os seus colegas.
Ladeado pelo dinamarquês, que foi segundo a 17 segundos, e pelo esloveno, terceiro a 1.08 minutos, o norte-americano de 29 anos elogiou todos os companheiros que o acompanharam nesta Vuelta, enaltecendo que, “além de serem ciclistas superfortes, são boas pessoas”.
Ainda em inglês, agradeceu à família, a sua e a da mulher, que é espanhola, passando depois ao castelhano, para um sentido elogio ao público.
“Sem o vosso apoio, não sei… Deram-me tanto, tanto carinho em cada etapa, cada saída, cada meta. Ouvir o meu nome nas montanhas, em qualquer lugar de Espanha, para mim… é difícil dizê-lo, mas, para mim, a proximidade do público é o que eu gosto no ciclismo e o que eu gosto na Vuelta. Este ano, mais do que nunca, desfrutei tanto do vosso carinho e ajudaram-me a superar tantas coisas nesta Volta. Muito obrigado”, concluiu.
Antes, na entrevista rápida, após o final da 21.ª etapa, conquistada pelo australiano Kaden Groves (Alpecin-Deceuninck), descreveu como “incrível” o facto de ganhar a sua primeira grande Volta.
“Penso que hoje foi a etapa em que sofri mais. Agora, estou apenas satisfeito por ter acabado”, disparou.
Gregário de luxo nas vitórias de Vingegaard no Tour (2022 e 2023) e de Roglic na Vuelta (2019-2021) e no Giro2023, o norte-americano garantiu que o seu recém-estreado estatuto de campeão não o vai mudar nem como ciclista nem como pessoa.
“Não, de todo. Continuarei a ser eu. Claro que [ganhar a Vuelta] é algo que muda a vida, mas vou olhar para esta experiência com boas lembranças. Ainda estou a assimilar, acho que vai demorar algum tempo”, revelou, sem nunca ceder à emoção.
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