O ciclista português Rui Costa, 55.º classificado do Tour, escreveu hoje na sua conta no Facebook que se sente inseguro em França, um dia depois do atentado em Nice que provocou, pelo menos, 84 mortos.
“Não me sinto em segurança aqui em França. O ciclismo reúne milhares de pessoas no mesmo sítio, é um alvo fácil”, indica o Facebook de Rui Costa, da equipa Lampre-Merida, um dos dois portugueses que estão a disputar a Volta a França de 2016, em conjunto com Nelson Oliveira, da Movistar, 123.º classificado.
Rui Costa não escondeu que teme pela segurança dos ciclistas e adeptos da mais importante prova velocipédica mundial, repudiando “mais um bárbaro atentado”: “Basta de violência, basta de matar inocentes”, escreveu o ciclista português.
O britânico Chris Froome (Sky), vencedor do Tour em 2013 e 2015 e líder da edição deste ano, utilizou a sua conta oficial no Twitter para manifestar apoio “a todos os que foram atingidos pelo pavoroso atentado terrorista em Nice”.
A organização da Volta a França vai reforçar a segurança para proteger as cerca de 30.000 pessoas na etapa de hoje, a 13.ª da 103.ª edição da prova, um contrarrelógio individual entre Bourg Saint Andéol, a cerca de 300 quilómetros de Nice, e La Caverne du Pont D’arc, na extensão de 37,5 quilómetros.
O atentado em Nice, sul de França, na quinta-feira à noite, fez, pelo menos, 84 mortos e 18 feridos continuam em estado considerado crítico, segundo um novo balanço do Governo francês.
Um camião atingiu na quinta-feira à noite uma multidão em Nice, França, na Promenade des Anglais, quando decorria um fogo de artifício para celebrar o dia de França.
O último balanço das autoridades francesas aponta para 84 mortos e uma centena de feridos, 18 dos quais continuam em estado considerado crítico. O condutor do camião foi abatido pela polícia.
As autoridades francesas já consideraram estar perante um atentado e o Presidente da França, François Hollande, anunciou o prolongamento por mais três meses do estado de emergência que vigora no país desde o ano passado. França decretou luto nacional de três dias.
A autoria do ataque ainda não foi reivindicada.
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