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Segundo o corredor, cada vez que hiperventila, o seu coração ressente-se.
O ciclista holandês Robert Gesink anunciou hoje que vai operado ao coração nas próximas semanas, horas depois de a sua equipa, a Belkin, ter revelado que o corredor iria fazer uma pausa na carreira por sofrer de arritmia cardíaca.
“Na Volta ao País Basco, na semana passada, voltei a sentir uma dor forte, curta, mas intensa, no coração. Não foi a primeira vez, mas fiquei ansioso”, relatou Gesink em conferência de imprensa, indicando que sofre desse tipo de problemas desde o início da sua carreira.
Segundo o corredor, cada vez que hiperventila, o seu coração ressente-se e, consequentemente, sente-se nervoso, o que condiciona as suas prestações na estrada.
Antes, em comunicado, a Belkin deu conta do padecimento de Gesink e manifestou respeito pela decisão do holandês de interromper a sua carreira profissional.
“O corredor da Belkin Robert Gesink tem sofrido de arritmia cardíaca durante esforços físicos severos nos últimos anos. Essa situação também acontecia quando este obteve os seus melhores resultados”, começa por dizer o comunicado publicado na página oficial da equipa holandesa.
Em exames anteriores, os médicos concluíram que “a arritmia cardíaca não impossibilita a atividade velocipédica, mesmo ao mais alto nível”.
“No entanto, desde a Volta a Itália de 2013, Robert começou a ter receio da sua condição. Em acordo com a equipa, a equipa médica e os especialistas, Robert decidiu sujeitar-se a uma exaustiva observação médica para tentar perceber o motivo da sua desordem e a solução para os seus problemas”, acrescenta a nota.
Salientando que não foram encontrados quaisquer motivos que impedissem Gesink de correr, a Belkin revelou que respeita o receio do ciclista, de 28 anos, que não voltará a correr até aviso próximo.
Gesink chegou à elite profissional em 2007, na Rabobank, tendo saído do anonimato na época seguinte, quando ganhou uma etapa na Volta à Califórnia, a rainha do Paris-Nice e terminou em quarto na Fléche Wallone e no Critério do Dauphiné.
Os resultados tornaram-no uma esperança do ciclismo, mas a sua progressão não foi a esperada: em 2010, foi quinto no Tour, prova na qual fracassou desde então, enquanto na Vuelta foi sexto em 2009 e 2012.
Apesar do “fracasso”, ganhou uma etapa na Volta à Suíça, o Grande Prémio Montreal e a Volta a Emília, em 2010, o Tour de Omán, em 2011, a Volta à Califórnia, em 2012, e o Grande Prémio do Québec no ano passado.
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