A quarta edição da Volta a Portugal feminina vai ligar Vila Nova de Gaia a Lisboa em cinco etapas, de 03 a 07 de julho, totalizando 442,9 quilómetros, num traçado, hoje apresentado, que testará as 19 equipas em prova.
A organização destacou o recorde de participação, em número e diversidade, com cerca de 120 ciclistas de 27 nações diferentes, que enfrentarão a maior distância de sempre, a começar por 96,4 quilómetros entre Vila Nova de Gaia e Águeda.
No segundo dia, a dura chegada a Sever do Vouga, no final de 119,9 quilómetros iniciados na Mealhada, definirá muito dos primeiros lugares da geral final, seguindo-se 121,9 quilómetros entre Anadia e Pombal.
Saindo do Museu Joaquim Agostinho, a quarta etapa liga Torres Vedras a Póvoa de Santa Iria, na ‘totalista’ Vila Franca de Xira, em 92,5 quilómetros, antes do contrarrelógio final, plano, em Lisboa, em 12.200 metros que terminam junto ao Centro Cultural de Belém.
“O ciclismo no feminino, tal como o desporto no feminino, tem vindo a desenvolver-se e crescer de forma muito interessante, e temos de nos adaptar à consistência das atletas”, justificou o diretor de prova, Sérgio Sousa.
Assim, o plano para a quarta edição é “mais arrojado”, com etapas “bastante constantes e algumas armadilhas”, destacando Sérgio Sousa a segunda etapa, “praticamente a etapa rainha”, com um prémio de montanha de segunda categoria a coincidir com a chegada.
Entre as novidades desta edição é a inscrição, já conhecida desde o final do ano passado, no calendário da União Ciclista Internacional (UCI), aumentando o interesse para equipas continentais.
Serão sete deste escalão, todas estrangeiras, a começar pela norte-americana Cynisca, da recente campeã panamericana Lauren Stephens, ranking UCI e títulos, e pela panamiana Soltec Iberoamérica, que tem nas suas fileiras a russa Valeria Valgonen, vencedora da Volta em 2023.
O pelotão inclui ainda a Aromitalia 3T Vaiano (Itália), Arkéa – B&B Hotels (França), DAS-Hutchinson-Brother (Inglaterra), de Vera Vilaça, Eneicat-CM (Espanha), de Daniela Campos, Coop-Repsol (Noruega) e Soltec Iberoamérica (Panamá).
Do pelotão nacional chegam oito das 12 equipas de clube, no caso a Academia Efapel, a Cantanhede Cycling/Vessam, a CDASJ/Cyclin’Team/Albufeira, a Korpo Ativo, a Maiatos, a Matos Mobility/Flexaco, a Tavira/Extremosul/Farense e a Vertentability.
Outra das equipas em prova é a Cantabria-Rio Miera, com três portuguesas, Marta Carvalho, Beatriz Pereira e Beatriz Roxo, gaiense que marcou presença na apresentação e analisou o percurso e a corrida, depois de ser 10.ª na geral final de 2023.
A ciclista da seleção nacional, de 20 anos, diz que esta se torna “uma das corridas mas importantes do calendário” para qualquer uma das portuguesas no estrangeiro, ainda mais com este “grande desafio de integrar o calendário UCI”.
“Temos equipas bastante fortes [em prova]. (...) Vão ser dias duros, à semelhança de corridas em Espanha, e conhecemos já muitas das ciclistas”, conta.
Para Roxo, que vê o nível do ciclismo no feminino em Portugal “a aumentar”, o que levou a Volta a crescer também, a primeira etapa, que sai da sua Vila Nova de Gaia Nativa, permite-lhe conhecer “as estradas de olhos fechados” e ajudar a equipa desde a partida.
Etapas da quarta edição da Volta a Portugal feminina:
1.ª etapa, 03 jul: Vila Nova de Gaia – Águeda, 96,4 km.
2.ª etapa, 04 jul: Mealhada – Sever do Vouga, 119,9 km.
3.ª etapa, 05 jul: Anadia – Pombal, 121,9 km.
4.ª etapa, 06 jul: Torres Vedras – Póvoa de Santa Iria, 92,5 km.
5.ª etapa, 07 jul: Lisboa (contrarrelógio), 12,2 km.
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