O ciclista italiano Vincenzo Nibali (Bahrain Mérida) venceu hoje a clássica Milan-San Remo, com uma fuga na última subida antes da chegada, e conquistou o terceiro ‘Monumento’ da carreira com o primeiro triunfo na prova italiana.
Nibali concluiu os 294 quilómetros da prova, a mais longa entre as cinco clássicas denominadas de ‘Monumentos’, em 7:18.43 horas, à frente do australiano Caleb Ewan (Michelton-Scott) e do francês Arnaud Démare (Groupama-FDJ), vencedor em 2016.
É o terceiro ‘Monumento’ da carreira do ciclista italiano, de 33 anos, depois de duas vitórias no Giro di Lombardia, em 2015 e 2017, e a primeira vitória em Sanremo, depois do terceiro lugar de 2012.
O italiano é um dos ciclistas com mais vitórias no pelotão, com uma vitória na Volta a Espanha (2010), duas na Volta a Itália (2013 e 2015) e uma na Volta a França (2014) no palmarés.
O triunfo de hoje permite pôr fim ao ‘jejum’ italiano na prova, que durava há 11 edições, desde Filipo Pozzato em 2006, o segundo mais longo na história da corrida.
Nibali sucede ao polaco Michal Kwiatkowski (Sky), que venceu em 2017 e hoje foi 11.º classificado, numa edição em que era considerado um dos grandes favoritos à vitória, pela boa fase inicial da temporada, com a vitória na Volta ao Algarve e no Tirreno Adriatico.
No Poggio, a última subida da prova, a sete quilómetros do fim, o ‘Tubarão de Messina’ atacou isolado e, depois, demonstrou o seu talento em descidas, ganhando tempo suficiente para aguentar o pelotão de ‘sprinters’, que chegou com o mesmo tempo do italiano, mas não a tempo de cortar a meta primeiro.
“Não tenho palavras”, disse o ciclista italiano após a vitória na prova, que recusou classificar como a melhor da carreira. O corredor da Bahrain-Mérida disse que sentiu “uma emoção especial” a 50 metros do fim, quando olhou para trás e começou a celebrar.
“É uma corrida que não esperava ganhar, porque não sou um ‘sprinter’”, acrescentou o italiano, que ainda foi perseguido pelo compatriota Matteo Trentin (Michelton-Scott), na reta final, mas acabou mesmo por vencer depois de um ataque isolado.
Um dos destaques da prova, pela negativa, foi a queda do britânico Mark Cavendish (Dimension Data), que a 10 quilómetros do fim embateu numa peça de mobiliário urbano, na estrada, e caiu, abandonando qualquer hipótese de revalidar a vitória de 2009.
O único português a participar na corrida, José Gonçalves (Katusha-Alpecin), terminou a 1.02 minutos do vencedor, fechando a participação de estreia no 53.º posto.
Comentários