O ciclista norte-americano Matteo Jorgenson (Visma-Lease a Bike) conquistou hoje o Paris-Nice, ao atacar na oitava e última etapa com o belga Remco Evenepoel (Soudal-QuickStep), vencedor da tirada.
Jorgenson, de 24 anos, arrebatou a vitória final da 82.ª edição da ‘corrida para o Sol’ ao ser segundo na tirada de 109,3 quilómetros com início e fim em Nice, ganha por Evenepoel.
Os dois ciclistas protagonizaram a fuga decisiva, de largos quilómetros, mas Evenepoel, que partia atrás na luta pela liderança, que até hoje estava com outro norte-americano, Brandon McNulty (UAE Emirates), não conseguiu deixar para trás Jorgenson, cortando os dois a meta no Passeio dos Ingleses ao cabo de 2:50.03 horas.
O belga somou a quarta vitória da temporada, em que voltou a consagrar-se na Volta ao Algarve, mas ficou a 30 segundos de Jorgenson, no segundo lugar, com McNulty em terceiro.
O triunfo de Jorgenson juntou-se ao do dinamarquês Jonas Vingegaard no Tirreno-Adriático, significando que a Visma-Lease a Bike se tornou na primeira equipa a conquistar as duas provas, historicamente ao mesmo tempo no calendário WorldTour, no mesmo ano.
O ‘gigante’ (mede 1,90 metros), que correu na Movistar e se mudou esta época para a formação neerlandesa, deu nova alegria aos Estados Unidos e pode ter assumido nova relevância entre o pelotão, ao somar a maior vitória da carreira, a terceira como profissional depois da Volta a Omã em 2023.
“Sou um bom corredor, na minha opinião, mas não sou Jonas Vingegaard. [...] Nunca pensei que pudesse vencer a corrida, pelo menos até este ano. Mas aqui estamos. Não podia ter sido melhor, tanto hoje como durante a semana”, declarou o ciclista, que colocou de lado a hipótese de vencer um dia uma grande Volta.
O português João Almeida (UAE Emirates) acabou à porta do ‘top 10’, no 11.º lugar, a mais de seis minutos do vencedor, um abaixo do esloveno Primoz Roglic (BORA-hansgrohe), que voltou a ter um dia difícil, cedendo perto de quatro minutos e vendo o russo Aleksandr Vlasov, seu colega de equipa e vencedor da sétima tirada, deixá-lo outra vez para trás.
Entre as notas de destaque, o colombiano Egan Bernal (INEOS) confirmou ter reencontrado a forma que o levou a vencer a Volta a França em 2019 e a Volta a Itália em 2021, ao acabar em sétimo após um longo ‘calvário’, na sequência de um choque com um autocarro no início de 2022.
Ruben Guerreiro (Movistar) foi 21.º na geral final, a mais de 23 minutos do seu antigo companheiro de equipa.
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