A quinta etapa da 102.ª edição da Volta a Itália em bicicleta ficou hoje marcada pela chuva que se fez sentir e pela segunda vitória do ‘sprinter’ alemão Pascal Ackermann (BORA-hansgrohe), novamente mais forte do que os rivais.
Ackermann, que tinha vencido no segundo dia, cumpriu os 140 quilómetros em 3:27.05 horas, batendo sobre a meta o colombiano Fernando Gaviria (UAE Emirates), segundo, e o francês Arnaud Démare (Groupama-FDJ), terceiro.
Numa chegada técnica devido à chuva, que neutralizou as diferenças na geral nos últimos nove quilómetros, Ackermann recuperou já dentro das últimas duas centenas de metros e retirou a Gaviria um triunfo que parecia certo, uma vez que o colombiano, vencedor do terceiro dia, estava na dianteira até às últimas dezenas de metros.
O vencedor da classificação por pontos na Volta ao Algarve de 2019 estendeu ainda a liderança nesta tabela do ‘Giro’, continuando a impor-se perante os restantes ‘sprinters’, incluindo o campeão italiano Elia Viviani (Deceuninck-Quick Step), hoje fora do ‘top 10’.
“Foi quase um ‘sprint’ a dois tempos. Felizmente, nos últimos 250 metros, segui a roda certa, de Gaviria, e tive muita força. (...) Hoje, toda a etapa foi assustadora com a chuva. Tivemos sorte de que não tenham sucedido quedas”, disse, no final, o velocista alemão.
O campeão da Alemanha de fundo assumiu ainda a vontade de levar a ‘maglia ciclamino’, símbolo do líder dos pontos, até Verona, na 21.ª etapa, mostrando-se confiante para as próximas disputas.
No início do dia, e ainda durante a fase neutralizada da corrida, o holandês Tom Dumoulin (Sunweb), vencedor em 2017, acabou por desistir devido a uma lesão no joelho esquerdo que sofreu na queda generalizada no final da etapa de terça-feira.
Sem partir ficou o esloveno Kristijan Koren (Bahrain Merida), uma vez que a União Ciclista Internacional (UCI) o suspendeu devido ao envolvimento no caso de doping Aderlass.
Numa fuga que chegou a ter cinco elementos, mas sempre controlada pelo pelotão, que não deu mais de dois minutos de avanço, o último resistente foi o belga Louis Vervaeke (Sunweb), apanhado a 23 quilómetros da meta.
Até final, e depois da decisão dos comissários em estender a zona neutralizada no que toca à geral, o pelotão manteve-se compacto e foi sem riscos que passou pela primeira vez na linha de meta, a nove quilómetros, antes de uma segunda vez, já ‘a valer’.
O ‘top 10’ da geral acabou por não sofrer alterações, com o esloveno Primoz Roglic (Jumbo-Visma) a seguir líder, com 35 segundos de vantagem para o britânico Simon Yates (Mitchelton-Scott), segundo, e o italiano Vincenzo Nibali (Bahrain Merida), terceiro.
Amaro Antunes (CCC), único português em prova, foi hoje 96.º e passou para o 44.º posto da geral, a 3.43 minutos do líder.
Na quinta-feira, a sexta etapa da ‘corsa rosa’ liga Cassino a San Giovanni Rotondo ao longo de 238 quilómetros, com uma contagem de montanha de segunda categoria dentro dos últimos 40 quilómetros a dificultar a tarefa dos velocistas e a poder abrir uma disputa da vitória por um grupo reduzido.
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