O português Ruben Guerreiro (Education First) assumiu que vencer a classificação da montanha da Volta a Itália em bicicleta, que terminou hoje em Milão, é “uma grande motivação” para continuar a evoluir.
“Foi um Giro tão difícil... Não tenho mais força. Consegui acabar. Ontem [sábado], desfrutei da etapa, com os homens da geral. Desfrutei destas três semanas, que foram um grande esforço da organização, a quem agradeço. Foi uma ótima corrida”, explicou o ciclista português, após subir ao pódio.
Aos 26 anos, Guerreiro venceu uma etapa, quebrando um ‘jejum’ de 31 anos sem vitórias portuguesas na ‘corsa rosa’, e tornou-se no primeiro português a vencer uma das quatro classificações principais de uma grande Volta.
“A equipa fez um Giro muito bom, com duas vitórias em etapa e a ‘maglia azzurra’. É uma grande motivação para mim ter ganho”, atirou.
Questionado pelos jornalistas sobre a possibilidade de voltar à prova, mas para disputar a camisola rosa, o português resguardou-se e disse apenas que “é difícil dizer”.
“No ciclismo nunca se sabe. Tenho-me sentido melhor e mais forte com o passar dos anos, ainda não sou velho. Um dia, quem sabe? Agora, é desfrutar deste dia e depois preparar a próxima temporada”, comentou.
Amigo de há vários anos do vencedor da geral final, o britânico Tao Geoghegan Hart, Guerreiro revelou ainda que lhe tinha dito “que ia ter o momento dele na terceira semana”, até porque o escocês ficou “feliz” quando Ruben venceu em Roccaraso, na nona etapa.
“Queria ter visto também o João [Almeida, quarto na geral final] no pódio... Mas ambos os meus amigos fizeram uma grande corrida, e estou orgulhoso deles”, afirmou.
João Almeida (Deceuninck-QuickStep) liderou durante 15 dias a geral da ‘corsa rosa’, acabando no quarto posto, a melhor classificação de sempre de um ciclista luso, e Ruben Guerreiro conseguiu vencer uma das principais classificações, a da montanha, um feito inédito para o ciclismo português, além de triunfar na nona de 21 etapas.
A 103.ª edição da Volta a Itália em bicicleta terminou hoje, com a vitória do britânico Tao Geoghegan Hart (INEOS), após a conclusão do contrarrelógio individual da 21.ª etapa, em Milão.
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