O campeão olímpico de estrada, o ciclista equatoriano Richard Carapaz, disse hoje querer “tentar ganhar” a Volta a Itália, que já conquistou em 2019, confiando, para isso, numa equipa da INEOS “bastante potente”.

“Vimos com uma equipa bastante potente e temos claro que queremos fazer o melhor possível e tentar ganhar”, detalhou o equatoriano, em conferência de imprensa.

Segundo a ‘Locomotiva de Carchi’, de 28 anos, o objetivo de repetir o triunfo que já conseguiu em 2019 está alicerçado numa “boa preparação” e na vontade de competir pela vitória em duas das grandes Voltas este ano, começando pelo Giro antes da Volta a Espanha.

A INEOS, de resto, venceu a ‘corsa rosa’ nas últimas quatro edições – o campeão em título, o colombiano Egan Bernal, estará ausente por ainda estar a recuperar do acidente grave que sofreu em janeiro -, e, por isso, rodeou o campeão olímpico em Tóquio2020 de nomes como o australiano Richie Porte e o francês Pavel Sivakov, entre outros ‘ajudantes’.

Carapaz vê “quatro ou cinco rivais que não podem ser descartados”, mas não os nomeou, ao contrário do português João Almeida (UAE Emirates), que o apontou como o favorito número um.

Em vez disso, olhou para o percurso “bastante duro, com muitas opções”. “Faremos a nossa corrida”, simplificou o terceiro classificado do Tour2021.

Outro dos candidatos à geral poderá ser Romain Bardet, líder de uma DSM que aposta no francês, que quer correr “a melhor corrida possível”, ao lado de uma “equipa muito forte, cheia de jovens com muito valor”.

Já Giulio Ciccone partilha a liderança da Trek-Segafredo com o neerlandês Bauke Mollema, procurando voltar “a ser competitivo e vencer”, depois de um 2021 em que abandonou tanto o Giro como a Vuelta devido a quedas.

“Em 2021, o Vincenzo Nibali foi o líder, e agora que saiu, tenho de assumir essas responsabilidades. Não é problema, sinto-me pronto. Não foi fácil aceitar o ano passado, mas este ano é uma nova história”, explicou.

Em ano de despedida do pelotão, o veterano espanhol Alejandro Valverde (Movistar) cumpre o segundo Giro da carreira, aos 42 anos, e quer “conseguir uma vitória em etapa”, até porque “a geral é difícil, pela idade e pelas três semanas”.

Ao lado do campeão do mundo de 2018 estará o colombiano Iván Sosa, que se diz “disposto a lutar por tudo”, ao lado de ‘Bala’, destacando “a última semana como decisiva e mais complicada, com muitas etapas duras”.

Fora da luta pela geral e das montanhas estarão nomes como o neerlandês Mathieu van der Poel (Alpecin-Fenix), que aponta à liderança da prova ainda na ‘Grande Partida’ da Hungria, nas primeiras três etapas, e a vitórias, depois de ter já colecionado uma camisola amarela na Volta a França de 2021.

“Quero acabar o Giro e o Tour este ano”, declarou o neerlandês, que ambiciona tornar-se “um ciclista mais forte” a nível físico e mental.

Aos 27 anos, o vencedor da última Volta a Flandres quer acabar pela primeira vez uma corrida de três semanas, mas antes aponta à vitória já na primeira etapa, onde será “difícil atacar e deixar cair os ‘sprinters”.

Um desses velocistas é o britânico Mark Cavendish (QuickStep-Alpha Vinyl), que regressa à ‘corsa rosa’ nove anos depois da última vez, já com 15 etapas no ‘bolso’, cinco delas só na edição de 2013.

Acompanhado por Michael Morkov, alguém com quem “ama fazer corridas”, entre outros, sente-se “confiante” e até pode mesmo apontar à classificação dos pontos, à ‘maglia ciclamino’, mesmo que “nunca seja um objetivo no arranque das provas”.

“A camisola chega quando se consegue ser consistente nos ‘sprints’ e nos resultados. Espero, sim, vencer uma etapa”, declarou o ciclista de 36 anos, que aspirava ao Tour mas para já foi inscrito no Giro.

A Volta a Itália de 2022, a 105.ª edição da prova, começa em Budapeste, na sexta-feira, e termina em Verona, em 29 de maio, 21 etapas depois.