A 10.ª etapa do Giro, hoje corrida entre Ravena e Modena, tinha todo o perfil para ser disputada pelos melhores ‘sprinters’ do pelotão, mas teve a sua ‘história alterada por uma queda coletiva perto do final.
A um quilómetro da meta em Modena, ficaram fora das contas da luta final vários dos melhores terminadores, nomeadamente o alemão Pascal Ackermann (Bora-Hansgrohe), que já ensaiava um terceiro triunfo nesta Volta a Itália.
O pelotão ia então a grande velocidade, a dar 'caça' ao espanhol Franciso Ventoso (CCC), protagonista de um ataque muito forte a pouco mais de dois quilómetros do termo da tirada.
Inesperadamente, um grupo de 12 afortunados ficou destacado na frente, no último quilómetro, após a queda, e aí o francês Arnaud Demare (Groupama FDJ) conseguiu ser o melhor, para a sua primeira etapa de sempre no Giro.
Já com duas etapas no Tour no palmarés, Demare é um bom ‘spinter’, mas que geralmente não atinge os lugares de top.
Em Itália, já tinha feito dois bons ensaios, ao ser segundo em Ortobello e terceiro em Terracina, mostrando que poderá estar na sua melhor época de sempre.
Demare cumpriu os 145 quilómetros entre Ravena a Modena em 3:36.07 horas, à média de 40,256km/h, e com o mesmo tempo foi creditado o grosso do pelotão que existia na aproximação à meta - pelas regras, o tempo perdido por uma queda coletiva perto do final não é contabilizado.
Assim sendo, tudo segue como antes, na geral individual, sendo que comanda o italiano Valerio Conti (UAE-Emirates), com um avanço de 1.50 minutos sobre o esloveno Primoz Roglic (Jumbo-Visma), grande favorito à vitória final.
O português Amaro Antunes (CCC) foi 21.º classificado e na geral prossegue em sétimo, a 3.05 de Conti. Continua a ser o ciclista mais bem classificado da sua equipa.
Na quarta-feira, o pelotão cumpre a 11.ª etapa, ainda claramente 'talhada' para os interesses dos velocistas. Serão 221 quilómetros entre Carpi e Novi Ligure, sem qualquer subida no programa.
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