Tadej Pogacar (UAE Emirates) coroou hoje o triunfo final na Volta a Itália em bicicleta com mais uma exibição de um poderio sem igual nesta edição da ‘corsa rosa’, da 20.ª e penúltima etapa.
Após um trabalho perfeito da equipa, como reconheceu no final, Pogacar atacou a 36 quilómetros do final, e a cinco do topo da derradeira subida, para vencer pela sexta vez uma tirada na sua estreia no Giro, aumentando ainda mais a vantagem sobre os principais rivais na geral – o segundo ficou a quase 10 minutos.
Para igualar os seis triunfos de Eddy Merckx em 1973, o esloveno venceu em 4:58.23 horas uma tirada de 184 quilómetros, entre Alpago e Bassano del Grappa menos 2.07 minutos do que o francês Valentin Paret-Peintre (Decathlon AG2R La Mondiale) e do que o colombiano Daniel Martínez (BORA-hansgrohe), segundo e terceiro, respetivamente.
O “grande trabalho da equipa”, com o português Rui Oliveira a ter um papel fundamental no início da etapa, ao não permitir que a fuga ganhasse grande vantagem, permitiu a Pogacar atacar na segunda passagem pelo Monte Grappa (primeira categoria), sem que, à semelhança do que aconteceu em quase toda esta edição, alguém conseguisse responder.
Naquele que foi provavelmente o maior ‘banho de multidão’ deste Giro, Pogacar teve ainda tempo para pedir uma bidão a um assistente da equipa para o dar a uma criança, já nos quilómetros finais, cumprindo os derradeiros metros a acenar e a bater palmas aos adeptos, antes de cortar a meta com uma vénia.
“Tínhamos a camisola rosa desde o segundo dia, muitas obrigações. Hoje foi mais um teste, antes do verão. Queria fechar o Giro com boa mentalidade, boa forma. Consegui. Agora vou desfrutar e fazer uma boa preparação [para a Volta a França]”, referiu.
Agora, Pogacar vai desfrutar da sua primeira presença em Roma, na derradeira etapa, de 125 quilómetros, com partida e chegada na capital italiana, além de tentar ajudar o colombiano Juan Sebastian Molano na luta pelo sprint final.
No dia em que cumpre 38 anos, o britânico Geraint Thomas ainda viu a sua segunda presença seguida no pódio da ‘Corsa Rosa’ ameaçada, quando ficou para trás na subida ao Monte Grappa, mas acabou por segurar o terceiro lugar, a 10.26 minutos de Pogacar.
Na segunda posição vai ficar o colombiano Daniel Martínez (BORA-hansgrohe), a 9.57 minutos de ‘Pogi’, na maior vantagem desde 1965.
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