O português João Almeida (Deceuninck-QuickStep) admitiu que o sexto lugar no contrarrelógio de hoje foi "melhor que o esperado", aproveitando para expandir a liderança da geral da Volta a Itália em bicicleta.
"Foi melhor do que esperava. Não conseguia fazer melhor, e aumentei o tempo de vantagem para o [Wilco] Kelderman, que era o meu maior adversário. Tenho quase um minuto [para Kelderman, segundo à geral] e mais para os outros, mas ainda há uma semana e um dia. É um caminho longo até Milão", local da 21.ª e última etapa, afirmou o português de 22 anos, após a 14.ª tirada, conquistada pelo italiano Filippo Ganna (INEOS).
Na geral individual, o português, de 22 anos, aproveitou o bom registo, a 1.31 do vencedor, para ganhar tempo a quase todos os adversários do ‘top 10', à exceção de McNulty, e lidera agora com 56 segundos de vantagem sobre o holandês Wilco Kelderman (Sunweb), segundo colocado, e 2.11 minutos para o espanhol Pello Bilbao (Bahrain-McLaren), terceiro.
Classificando a sua prestação como "um 10, de 0 a 10", Almeida continua, ainda assim, a realçar que "um dia mau" pode deitar a perder todo o esforço até aqui, mas hoje, no maior ‘crono' que fez na carreira, mostrou como se sente à vontade numa especialidade que diz adorar.
Questionado pelos jornalistas sobre o norte-americano Brandon McNulty (UAE Emirates), que hoje foi terceiro e subiu ao quarto posto na geral, o português lembrou que ambos correm juntos "desde os juniores", em provas internacionais.
"É muito bom, já foi campeão do mundo [de contrarrelógio no escalão júnior], anda bem na montanha. Para mim, é outro dos candidatos à vitória na geral final", atirou.
No domingo, a 15.ª etapa termina na contagem de montanha de primeira categoria de Piancavallo, antes do dia de descanso de segunda-feira, numa tirada em que quer fazer o que vem conseguindo até aqui: "defender a camisola rosa o melhor possível".
Na última semana, a chegada da alta montanha alia-se ao mau tempo, que "preocupa", mas não está sozinho.
"O frio, a neve e a chuva na última semana preocupam, mas são as mesmas condições para todos", comentou.
No domingo, a 15.ª etapa apresenta 185 quilómetros a partir da Base Aérea de Rivolto, num dia de alta montanha, que culmina com a subida de primeira categoria a Piancavallo, antes do segundo e último dia de descanso, na segunda-feira.
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