A penúltima etapa do Critério do Dauphiné, com uma chegada em alta montanha, provocou uma 'revolução' na classificação da prova, que levou o ciclista dinamarquês Jakob Fuglsang, da Astana, à camisola amarela.
Fuglsang foi o segundo a chegar a Pipay, depois muito ter feito para ganhar a tirada, sendo apenas incapaz de suster a arrancada final, nos últimos 200 metros, do holandês Wout Poels, aqui promovido chefe de fila da Ineos, depois do grave acidente do bitânico Chris Froome.
A uma etapa do fim, Fuglsang tem oito segundos de avanço sobre o britânico Adam Yates, da Mitchelson, 20 segundos sobre o norte-americano Tejay van Garderen (EF Education First) e 21 sobre o alemão Emanuel Buchmann (BORA-Hansgrohe).
Previa-se muito dura a ligação de 133,5 quilómetros de Saint-Genix-les-Villages a Pipay, e assim foi, com Adam Yates, o anterior líder, sempre alvo de ataques da concorrência.
Um dos que merece destaque é, sem dúvida, Poels, galvanizado pela situação de Froome. Com uma arrancada final portentosa, passa a estar a 28 segundos de Fuglsang e mostra que no Tour será certamente o 'tenente' de Geraint Thomas, que ultima a sua preparação na outra equipa da Ineos, que corre na Volta à Suíça.
Numa etapa com muita chuva e piso molhado, Fuglsang foi o que conseguiu atacar no momento certo, a dois quilómetros da meta, sem resposta por parte de Adam Yates ou do francês Thibaut Pinot.
Para trás, ficavam o francês Romain Bardet (13 segundos), o colombiano Nairo Quintana (46 segundos) e o australiano Richie Porte (46 segundos também), ciclistas com pretensões para o Tour, que arranca dentro de menos de três semanas.
O português José Gonçalves (Katusha) chegou em 75.º e perdeu 24.18 minutos. Na geral, desceu cinco lugares, para 69.º, a 46.54.
No domingo, termina o Dauphiné com uma etapa entre Cluses e Champéry, na Suíça. É uma etapa 'compacta', de 113,5 quilómetros, com sete contagens de montanha, sendo a última dessas escaladas a dois quilómetros da chegada.
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