A defesa de Chris Froome, quádruplo vencedor da Volta a França, vai alegar que o ciclista britânico sofreu uma disfunção renal, o que explica o excesso de salbutamol detetado na sua urina, revela o jornal L'Équipe.

Froome, campeão do Tour em 2013, 2015, 2016 e 2017, teve um controlo antidoping positivo em setembro do ano passado na Volta a Espanha, que viria a vencer.

O advogado contratado por Froome, o inglês Mike Morgan - que já defendeu Alberto Contador no seu caso de clembuterol - vai recorrer ao testemunho de um grupo de cientistas para dar crédito a essa tese.

É defendido que o salbutamol, princípio do Ventilan, utilizado pelos asmáticos, é metabolizado pelo organismo e passa para o fígado. Depois são os rins que o eliminam através da urina.

Segundo a linha de defesa de Mike Morgan, Froome sofreu uma disfunção renal que provocou que o salbutamol se acumulasse durante vários dias, até ser expelido no dia do controlo em questão, na 18.ª etapa, o que explica a concentração de 2.000 nanogramas por milímetro, o dobro do autorizado pela Agência Mundial Antidopagem (AMA).

O L'Équipe adianta que os serviços jurídicos da União Ciclista Internacional (UCI) contrataram um especialista renal para contrariar esta linha de defesa.