Fred Wright (Bahrain-Victorious) considerou “injustas” as declarações do esloveno Primoz Roglic (Jumbo-Visma), que acusou o ciclista britânico de ter provocado a queda que levou ao seu abandono da Volta a Espanha, quando era segundo na geral.
“Para ser honesto, não considero que as declarações sejam justas, porque as filmagens mostram que foi um simples incidente de corrida, mas também entendo que o Primoz estava a lutar pela camisola vermelha da Vuelta”, afirma o jovem de 23 anos, citado pela sua equipa, indicando ter enviado “uma mensagem privada” ao ainda tricampeão em título da prova espanhola para saber “se estava ok”.
Wright foi mais ‘emocional’ na sua conta na rede social Twitter, relevando que “foi muito difícil” ler o comunicado da Jumbo-Visma, onde constam as declarações de ‘Rogla’, e que está “desiludido”.
“Eu e a equipa vimos novamente as imagens esta noite e, honestamente, não acredito que tenha feito nada de errado. […] O Primoz é um ciclista fantástico, estava em crescendo e na luta por vestir a camisola vermelha em Madrid. Foi uma grande perda para a corrida e entendo perfeitamente que deve estar muito desapontado”, escreveu ainda.
O esloveno da Jumbo-Visma acusou hoje Wright de ter causado a sua queda na chegada da 16.ª etapa da Volta a Espanha, que motivou o seu abandono, quando era segundo da geral.
“Não foi correto, não pode acontecer. As pessoas avançam rapidamente como se nada tivesse acontecido, mas eu não tenho essa hipótese. Não quero que o meu desporto seja assim e quero deixar bem clara a minha posição”, declarou o corredor de 32 anos, citado pela equipa.
Roglic, vencedor das últimas três edições da prova espanhola, caiu nos últimos metros da 16.ª etapa, que ainda veio a concluir, acabando por abandonar antes do arranque da 17.ª.
Hoje, consegue “caminhar um pouco”, algo que já o faz “feliz”, numa recuperação lenta que pode ter-lhe custado o resto da temporada, mas continua irritado com o que diz ter sido “uma queda inaceitável”.
“Nem toda a gente viu como aconteceu. Não foi pela estrada ou falta de segurança, mas o comportamento de um ciclista [Fred Wright]. Não tenho olhos nas costas, se não teria aberto a trajetória. Wright veio de trás e tirou-me o guiador das mãos antes que me apercebesse”, criticou.
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