O holandês Fabio Jakobsen (Deceuninck-QuickStep) voltou hoje à competição velocipédica, oito meses depois de ter sofrido um grave acidente, na Polónia, ao terminar com o pelotão a primeira etapa da Volta à Turquia.

O ‘sprinter' não foi além do 147.º posto na tirada, de 72,4 quilómetros, com partida e chegada em Konya, registando o mesmo tempo, 01:35.48 horas, do vencedor, o seu compatriota Arvid de Kleijn (Rally Cycling), que superou o norueguês Kristoffer Halvorsen (Uno-X), o francês Pierre Barbier (DELKO) e o britânico Mark Cavendish (Deceuninck-QuickStep).

A etapa de abertura, inicialmente prevista para a montanha, chegou a ser cancelada pela organização devido a uma tempestade de neve, mas acabou mesmo por ser realizada com um formato mais curto e um perfil mais plano no centro da cidade de Konya.

Fabio Jakobsen, de 24 anos, cumpriu o objetivo de regressar à competição, tendo apontado como o próximo "ganhar uma corrida".

O companheiro de equipa do português João Almeida, de 24 anos, sofreu um acidente grave em 06 de agosto de 2020, durante a Volta à Polónia, que quase lhe custou a vida, ao embater violentamente nas barreiras depois de ter sido ‘encostado' pelo compatriota Dylan Groenewegen (Jumbo-Visma).

Groenewegen foi suspenso por nove meses e, desde então, tem denunciado vários insultos, ameaças de morte e casos de assédio, enquanto Jakobsen passou vários meses a recuperar das lesões sofridas.

Jakobsen, que perdeu todos os dentes, à exceção de um, e teve de levar 130 pontos na face, ficou em estado grave e foi mesmo colocado em coma induzido pelos médicos, ficando internado durante uma semana na unidade de cuidados intensivo do hospital de Santa Bárbara, em Sosnowiec, na Polónia.

Posteriormente, foi operado para reconstrução do rosto, tendo-lhe sido retirado um osso da zona pélvica para ser colocado nos maxilares.

A União Ciclista Internacional suspendeu Dylan Groenewegen por nove meses, até maio de 2021, a mais longa sanção aplicada a um corredor sem ser por doping.