O português Tiago Machado ficou aquém dos objetivos no contrarrelógio masculino dos Europeus de ciclismo de estrada, ao terminar hoje em 18.º lugar, em Glasgow, e quer agora recuperar para o fundo.
Machado terminou em 56.12,60 minutos, mais 2.33,82 minutos do que o vencedor, o belga Victor Campenaerts, terminando sete posições abaixo do 11.º lugar que conseguiu nos europeus no ano passado na Dinamarca.
"Dei o que tinha, apliquei-me a fundo, mas houve situações mais fortes. Agora vou tentar recuperar o melhor possível para a prova de fundo [no domingo]", disse à agência Lusa no final.
José Gonçalves, o outro português em prova, também da equipa Katusha Alpecin, completou o percurso de 45 quilómetros em 57.29,81 minutos, 22.º tempo num total de 34 ciclistas participantes.
"Não correu tão bem como estava a pensar, mas como tive uma paragem e treino de altitude, ainda não estou no meu melhor. Quando ia na estrada vi que não conseguia manter um ritmo bom porque quebrava muito. Falta-me ritmo", comentou.
Apesar de o resultado ter sido aquém das metas traçadas, de garantir um lugar nos dez melhores, o selecionador nacional de estrada, José Poeira, considerou que foi uma "participação boa".
"O contrarrelógio é muito rápido e há corredores que se adaptam melhor", constatou.
Na prova de fundo no domingo, juntam-se a Machado e Gonçalves os ciclistas Ricardo Vilela (Manzana Postobón) e Rui Costa (UAE Team Emirates), um quarteto que terá de surpreender tendo em conta o circuito rápido, que deverá terminar em sprint.
O pelotão vai fazer 16 voltas ao circuito nas ruas de Glasgow para completar uma distância de 230 quilómetros, cuja partida está prevista para as 10:30 horas.
O selecionador refere que Rui Costa, campeão do mundo em 2013, vem diretamente da Volta à Polónia, que começou no sábado e termina na sexta-feira, após uma paragem por lesão.
"A Polónia vai pôr alguns quilómetros, vamos ver como é que vai chegar aqui. O campeonato da Europa estar situado entre Volta à Polónia, Volta a Portugal e Volta a Burgos impediu a possibilidade ter outros corredores, como o Nélson Oliveira", vincou José Poeira.
O técnico admite que o percurso não é favorável às características dos ciclistas portugueses devido à falta de declive, mas lembrou que "o ciclismo na estrada é sempre prova em aberto e nunca se sabe o que pode acontecer", ambicionando lutar pelo pódio ou pelos primeiros lugares.
Comentários