O holandês Dylan Groenewegen (Jumbo-Visma) disse hoje estar “feliz” por ver Fabio Jakobsen (Deceuninck-QuickStep) de volta às corridas de ciclismo, oito meses depois de ter provocado uma queda grave ao seu compatriota na Volta à Polónia.
Jakobsen, companheiro de equipa do português João Almeida, de 24 anos, sofreu um acidente grave em 06 de agosto de 2020, durante a Volta à Polónia, que quase lhe custou a vida, ao embater violentamente nas barreiras depois de ter sido ‘encostado' por Groenewegen.
“Ainda acho que foi terrível. Por isso é que foi muito bom ver o Fabio de volta ao pelotão na Turquia, e vê-lo a fazer o que gosta mais. Simpatizámos imenso ao vê-lo na bicicleta com um sorriso, deixa-me muito feliz”, contou.
O velocista prestou declarações ao jornal holandês De Telegraaf, após a morte do avô, um dos mais famosos construtores e mecânicos de bicicletas do país, Ko Zieleman.
O regresso de Groenewegen também está para breve, em maio, na Volta à Hungria, depois de ter sido suspenso por nove meses por ter provocado a queda do seu compatriota. Desde então, tem denunciado vários insultos, ameaças de morte e casos de assédio.
Jakobsen, que perdeu todos os dentes, à exceção de um, e teve de levar 130 pontos na face, ficou em estado grave e foi mesmo colocado em coma induzido pelos médicos, ficando internado durante uma semana na unidade de cuidados intensivo do hospital de Santa Bárbara, em Sosnowiec, na Polónia.
Posteriormente, foi operado várias vezes para reconstrução do rosto, tendo-lhe sido retirado um osso da zona pélvica para ser colocado nos maxilares, e passou vários meses a recuperar.
Regressou na Volta à Turquia, numa equipa bem sucedida da Deceuninck-QuickStep que, em quatro etapas, venceu três ao ‘sprint’, todas com outro ‘regressado’: o britânico Mark Cavendish.
A União Ciclista Internacional suspendeu Dylan Groenewegen por nove meses, até maio de 2021, a mais longa sanção aplicada a um corredor sem ser por doping.
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