O holandês Tom Dumoulin (Sunweb) ficou hoje a três dias de vencer a sua primeira grande volta, ao segurar a liderança do Giro após a 18.ª etapa, ganha pelo norte-americano Tejay Van Garderen (BMC).
No final dos ‘acidentados’ 137 quilómetros entre Moena e Ortisei, Van Garderen, que chegou a Itália como candidato aos primeiros lugares, mas está fora do ‘top-20’, ‘salvou’ o seu Giro, ao vencer a tirada, em 3:54.04 horas.
Tal como aconteceu na véspera, então para o italiano Vincenzo Nibali (Barhein Merida), o espanhol Mikel Landa (Sky) voltou a perder a etapa por centímetros, com o francês Thibaut Pinot (FDJ) a terminar na terceira posição, a oito segundos.
Numa etapa em que o colombiano Nairo Quintana (Movistar), a 55 quilómetros da meta, e Nibali atacaram, procurando recuperar tempo, Dumoulin respondeu sempre e até ameaçou com um ataque já nos últimos quilómetros, criticando os seus dois perseguidores no final da etapa.
“Eles apenas estavam focados em mim e a tentar fazer-me perder, em vez de tentarem ganhar. Nos últimos momentos, eles perderam muito tempo para outros corredores. Espero que correr desta forma os faça perder o lugar no pódio em Milão. Isso seria muito bom, e eu ficaria muito contente”, disse Dumoulin, que acusou Quintana e Nibali de terem feito um pacto contra ele.
A três etapas do final, Dumoulin tem 21 segundos de avanço sobre Quintana e 1.12 minutos face a Nibali, com Pinot a ser o grande vencedor da etapa, ao recuperar cerca de um minuto e colocar-se a 1.36 da liderança e com 22 segundos de vantagem sobre o russo Ilnur Zakarin (Katusha).
Na sexta-feira, na 19.ª e antepenúltima etapa, entre San Candido/Innichen e Piancavallo, num percurso de 191 quilómetros, com a meta a coincidir com uma contagem de primeira categoria, Dumoulin vai tentar evitar a ‘tragédia’ de 2015, quando perdeu a liderança na última etapa de montanha da Volta a Espanha.
Entre os portugueses, José Gonçalves (Katusha) foi o melhor, na 44.ª posição, a 18.48 minutos de Van Garderen, seguido de Rui Costa (UAE Emirates), que foi 57.º, a 32.57, com o mesmo tempo de José Mendes (Bora-Hansgrohe), o 83.º.
Na geral, Rui Costa caiu para 28.º, a 1:03.22 horas do topo, José Mendes desceu para 55.º, a 1:59.19, e José Gonçalves subiu para 58.º, a 2:01.33.
Comentários