O presidente da Federação Portuguesa de Ciclismo (FPC), Delmino Pereira, lamentou hoje a suspensão por 12 anos de Sérgio Ribeiro, mas assinalou que a modalidade tem uma política de tolerância zero em relação ao doping.
«Existe uma política internacional e nacional de tolerância zero em relação ao doping. O ciclismo é uma modalidade que procura os métodos mais sofisticados e mais evoluídos na luta antidoping. Ao serem aplicados estes métodos pode acontecer o que está a acontecer. Não comento o caso concreto, mas a política do ciclismo é, internacional e nacionalmente, de tolerância zero com o doping. Lamento o que aconteceu, mas não há outro caminho», disse.
Em declarações à agência Lusa, Delmino Pereira lembrou que esta é uma decisão do Conselho de Disciplina da FPC, que «é um órgão que tem toda a autonomia para tomar estas decisões».
O antigo ciclista acredita que este caso não vai tirar pessoas da 75.ª edição da Volta a Portugal, que se disputa de 7 a 18 de agosto.
«Podemos lembrar o que aconteceu na Volta a França, após o maior escândalo do ciclismo e do desporto mundial [com Lance Armstrong], na qual houve a maior enchente e as maiores audiências de todos os tempos. Foi a Volta a França com o maior sucesso de todos os tempos. Portanto, acho que uma coisa não está relacionada com a outra», afirmou.
Sérgio Ribeiro (Louletano-Dunas Douradas) foi suspenso por 12 anos pelo Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Ciclismo (FPC) na sequência de anomalias no passaporte biológico.
Fonte ligada ao processo disse à Lusa que o órgão disciplinar da FPC deliberou aplicar uma pena de 12 anos de suspensão de toda a atividade desportiva a Sérgio Ribeiro, a que se descontam 18 dias em que o corredor esteve suspenso preventivamente.
Sérgio Ribeiro está, portanto, suspenso de toda a atividade desportiva até ao dia 14 de julho de 2025.
Por ser reincidente, o ciclista de 32 anos, que foi suspenso dois anos em 2007 devido a um positivo por EPO, enfrenta uma pena pesada que põe um ponto final na sua carreira.
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