A portuguesa Daniela Campos fechou hoje a estreia em Mundiais de ciclismo de pista em elites com um 19.º lugar nos pontos, em Saint-Quentin-en-Yvelines, em França, e mostrou-se “feliz” com a aprendizagem que vai levar da participação.

No final de um ano de “altos e baixos”, de medalhas internacionais à recuperação de uma lesão na clavícula, que lhe afetou a primeira metade da época, estes Mundiais permitem-lhe sair “feliz” de França, enquanto “atleta ainda em desenvolvimento” que sai “muito mais rica” após estas corridas, as suas e dos colegas de seleção.

No seio da ‘família’ da pista, a mais jovem do quinteto convocado (Ivo Oliveira, Rui Oliveira, João Matias e Maria Martins), de 20 anos, foi 19.ª na corrida de pontos e 22.ª na eliminação.

Hoje, nos pontos, quis “desenvolver capacidades técnicas, físicas e táticas”, numa prova em que não pontuou, mas manteve-se sempre no pelotão e até tentou atacar, a 10 voltas do final.

“Cada corrida é uma corrida, em cada uma aprendemos coisas diferentes e ganhamos experiência. Isso é bastante importante”, explicou, após a prestação.

Esta época, vários abandonos na estrada, na primeira metade do ano, explicam-se com a recuperação da lesão, sem “preparação adequada” para enfrentar as provas ao serviço da equipa espanhola Bizkaia-Durango.

Depois, um estágio de performance e treino para os Europeus sub-23 permitiu-lhe um bronze nessa prova, em Anadia, na corrida do scratch, e na estrada sagrou-se campeã nacional a dobrar, de fundo e contrarrelógio.

Pela seleção nacional, conseguiu ainda uma prata na corrida de fundo dos Jogos do Mediterrâneo, disputados na cidade argelina de Oran, e pela Bizkaia-Durango esteve no Challenge da Volta a Espanha, que conseguiu terminar.

“Consegui resultados bastante bons, mas também azares, como covid-19 e uma amigdalite. Foi uma época de altos e baixos, mas tive conquistas que conseguiram, de certa forma, compensar”, analisou.

Para 2023, há várias incógnitas, mas uma certeza, que é o começo da qualificação para os Jogos Olímpicos Paris2024, num percurso “importante” em que toda a seleção “tem de estar fisicamente bem desde o início do ano”.

Os Mundiais de Saint-Quentin-en-Yvelines terminaram hoje no Velódromo que vai acolher a pista nos Jogos Olímpicos Paris2024, com a seleção portuguesa a levar dois bronzes para casa, de Maria Martins no omnium e de Ivo Oliveira na perseguição individual.