O ciclista português Rafael Reis (Sabgal-Anicolor) voou hoje para a vitória no prólogo da 85.ª Volta a Portugal, a quarta seguida e a sexta na carreira neste exercício, confirmando todos os prognósticos e envergando a amarela.
Reis, que venceu os prólogos de 2016, 2018, 2021, 2022 e 2023, impôs-se hoje nos 5,5 quilómetros percorridos em Águeda, Aveiro, num tempo de 6.48,046 minutos.
O dinamarquês Julius Johansen, também da Sabgal-Anicolor, foi segundo, a 40 centésimos, enquanto o norte-americano Tyler Stites (Echelon Racing) foi terceiro, a seis segundos, no primeiro pódio da geral desta 85.ª edição.
O especialista de 32 anos começa a impor-se a um novo ditado, de que só há três coisas certas na vida – a morte, os impostos e a vitória de Rafael Reis no prólogo, ao somar a nona etapa na Volta.
Fê-lo por uma margem muito pequena, como perdeu para Gustavo Veloso em 2020, ao bater o companheiro de equipa dinamarquês Johansen por muito pouco, num dia em que o calor marcou a corrida – e afastou o público – em Águeda.
O ciclista venceu, de resto, o segundo prólogo seguido, depois de ter ‘brilhado’ no Turcifal, no arranque do Troféu Joaquim Agostinho, juntando hoje nova camisola amarela para a coleção.
Ouro nos Jogos do Mediterrâneo Oran2022 no ‘crono’, ano em que foi campeão nacional da especialidade, o homem de Palmela foi um de apenas cinco a baixar dos sete minutos.
Fora do pódio, o neozelandês James Fouché (Euskaltel-Euskadi), quarto, e o russo Aleksandr Grigorev (Efapel), quinto, também o conseguiram, enquanto o uruguaio Mauricio Moreira (Sabgal-Anicolor), vencedor em 2022, ficou em sexto, com 7.00.
A camisola da juventude, entretanto, foi para o espanhol Hugo Aznar (Kern Pharma), 44.º, enquanto a Sabgal-Anicolor, feita a ‘dobradinha’ e com ‘Mauri’ em quinto, lidera por equipas.
Na quinta-feira, a primeira etapa liga Sangalhos ao Observatório de Vila Nova, em Miranda do Corvo, em 158,2 quilómetros, com uma subida de primeira categoria, de 9,9 quilómetros e pendente média de 8,2%, no final da tirada, que inclui três metas volantes (Cantanhede, Montemor-o-Velho e Condeixa-a-Nova) e a subida de segunda categoria ao Senhor da Serra.
O figurino da etapa, a primeira em linha desta edição, será bem diferente, com Rafael Reis a envergar a amarela em função do líder, Mauricio Moreira, com a troca de camisolas quase certa, além dos primeiros ‘galhardetes’ entre os trepadores que ambicionam à vitória final.
Nessa luta, o suíço Colin Stüssi (Vorarlberg), vencedor em 2023, desiludiu, com 7.10, num ‘anónimo’ 23.º posto, com o mesmo tempo do terceiro do ano passado, António Carvalho (ABTF-Feirense), enquanto o mais azarado do dia foi o porto-riquenho Abner González.
Um problema mecânico deixou um dos homens fortes da Efapel a perder mais de um minuto para o vencedor, acabando em 118.º e penúltimo, cedendo já tempo importante na luta pela geral.
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