O ciclista argentino Nicolás Tivani (Aviludo-Louletano-Loulé Concelho) impôs-se hoje com autoridade na segunda etapa da 85.ª Volta a Portugal, a primeira disputa entre sprinters, numa chegada a Lisboa em que a equipa fez a ‘dobradinha’.
Tivani, de 28 anos, cumpriu os 164,5 quilómetros entre Santarém e Marvila, em Lisboa, em 03:49.00 horas, batendo sobre a meta o companheiro de equipa e compatriota Tomás Contte, segundo, e o norte-americano Scott McGill (Echelon Racing), terceiro. O melhor português na etapa foi Rodrigo Caixas (Credibom-LA Alumínios-MarcosCar), em 10.º.
Nas contas da geral, num dia em que os três primeiros bonificaram nas metas volantes, Colin Stüssi (Vorarlberg) mantém a camisola amarela, com os mesmos 32 segundos de vantagem sobre o português António Carvalho (ABTF-Feirense), segundo, e 59 para Luís Fernandes (Credibom-LA Alumínios-MarcosCar), terceiro.
Os homens da geral animaram grande parte do dia, ‘órfão’ de uma fuga com nomes suficientes, ao disputarem segundos de bonificação nas metas volantes – Luís Fernandes foi terceiro na primeira, no Cartaxo.
Em Almeirim, foi a vez de António Carvalho ter sido segundo, com a entrada em cena de Stüssi, que conseguiu manter distâncias para o segundo e aumentar para todos os outros, num pódio consolidado antes da etapa rainha, no sábado, com a subida à Torre.
Mais tarde, no sprint, foi a vez de Tivani ganhar de forma folgada, com o ex-Corratec-Selle Italia a que venceu corridas como a Volta à Sérvia, conseguindo o segundo triunfo desde que chegou a Portugal este ano, depois de uma etapa no Grande Prémio Abimota.
A equipa fez a ‘dobradinha’, com McGill, vencedor de duas etapas na Volta de 2022, a completar o pódio.
Depois do ‘fogo de artifício’ do dia anterior, na chegada ao Observatório de Vila Nova, a segunda etapa prometia descanso ao pelotão e até a fuga ajudou, com César Fonte (Rádio Popular-Paredes-Boavista) a desistir pouco depois de vencer o único prémio de montanha do dia, uma quarta categoria em Santarém, ao quilómetro 31.
Ficou sozinho na frente o norte-americano Zach Gregg (Echelon Racing), a impedir esta de se assemelhar a uma tirada de cicloturismo, pelo menos até 48 quilómetros da meta, quando foi absorvido.
Daí para a frente, o ‘passeio’ tornou-se por demais evidente, com pouco sobre o que escrever a não ser a meta volante de Vila Franca de Xira, em que o camisola amarela aproveitou para sprintar pelas bonificações.
Stüssi ‘poupou’ três segundos e consolidou a vantagem, com António Carvalho no terceiro lugar, cimentando o segundo posto, sem que outros tenham tentado – o segundo foi Luís Mendonça, da Sabgal-Anicolor do uruguaio Mauricio Moreira.
O dia ficou ainda marcado por uma homenagem a Salgueiro Maia, com a saída de Santarém a evocar a partida da coluna militar que o capitão liderou até Lisboa, no 25 de abril de 1974 que pôs termo à ditadura do Estado Novo.
No sábado, o pelotão disputa a etapa rainha da 85.ª edição, com 161,2 quilómetros que arrancam no Crato e terminam na Torre, no topo da Serra da Estrela, com um prémio de montanha de categoria especial, já depois de três altos de terceira, Serra de São Miguel, Serra das Olelas e Serra da Gardunha.
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