"A Movistar é uma equipa que sempre admirei e é, desde pequeno, uma das minhas favoritas. Ter a oportunidade de me juntar a eles, faz-me muito feliz e motiva-me imenso. Quero confirmar as minhas qualidades como ciclista, creio que ainda não cheguei ao meu topo e penso que os próximos anos podem ser os melhores da minha vida de ciclista", afirmou Ruben Guerreiro, citado pela formação comandada Eusebio Unzué.
O antigo corredor da EF Education-EasyPost chega à equipa espanhola no "ponto alto da sua maturidade", segundo a Movistar.
"Tenho grandes expectativas para estas três temporadas e gostaria de conseguir o meu melhor como trepador, tanto lutando nas Grandes Voltas, como nas corridas de uma semana ou a batalhar nas provas de um dia, duras com as das Ardenas, de que gosto muito. Um objetivo máximo para o futuro? Oxalá possa lutar por boas classificações no Giro ou na Vuelta, duas das minhas corridas preferidas...quem sabe! Vou dar tudo por esta equipa", rematou Guerreiro.
Em 23 de setembro, o corredor de Pegões Velhos (Setúbal) tinha revelado à agência Lusa que iria deixar EF Education-EasyPost no final desta temporada, por motivos pessoais, e, na terça-feira, despediu-se da equipa norte-americana que representou durante três épocas com uma publicação nas redes sociais.
Guerreiro, de 28 anos, chegou à formação norte-americana em 2020 vindo da Katusha-Alpecin (2019). Antes, tinha-se estreado no WorldTour com as cores da Trek-Segafredo (2017-2018), depois de ter dado o salto a profissional na ‘fábrica de talentos’ Axeon (2015-2016).
O ciclista português, campeão nacional de fundo em 2017, consolidou-se no pelotão internacional após exibições valorosas e combativas, nomeadamente na Volta a Itália de 2020, na qual se coroou ‘rei’ da montanha e venceu uma etapa.
As prestações consistentes em grandes Voltas – foi 17.º na estreia na Vuelta (2019) e 18.º na primeira presença no Tour (2021) – e o triunfo no Mont Ventoux Dénivelé Challenge, em junho, em França, além de resultados de destaque esta temporada no Critério do Dauphiné (foi nono), na Volta a Burgos (sexto), na Volta a Alemanha (terceiro) ou na Flèche Wallone (sétimo), abriram-lhe as portas da Movistar.
Na única equipa espanhola do WorldTour, a primeira divisão mundial, Guerreiro vai encontrar Nelson Oliveira, um dos melhores ‘équipiers’ do pelotão internacional, que vai cumprir em 2023 a sua oitava temporada na Movistar.
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