A chefiar a comitiva portuguesa está o campeão do mundo em 2013, e atual campeão nacional de fundo, Rui Costa (UAE Emirates), com o colega de equipa Ivo Oliveira também chamado, e um dos dois membros da formação que disputam o contrarrelógio individual, ao lado do ‘especialista Nelson Oliveira (Movistar).
Na estrada, o quarteto fica completo com Rúben Guerreiro (Education First), numa seleção que o selecionador José Poeira destaca como apresentando "resultados muito bons" após a retoma competitiva, num ano ‘interrompido' pela covid-19, com quatro corredores "de qualidade".
A COVID-19 também trouxe incerteza ao plano dos Mundiais, uma vez que a corrida estava marcada para a Suíça, originalmente, surgindo várias hipóteses após a paragem ditada pela covid-19, como novos palcos do campeonato do mundo, que acabou por ‘assentar arraiais' em Imola.
A prova de fundo apresenta um traçado de 258,2 quilómetros, na sua totalidade disputados em circuito, de 28,7 quilómetros, na cidade italiana conhecida pelo autódromo que recebeu, até 2006, o Grande Prémio de São Marino da Fórmula 1.
Nelson Oliveira já ficou entre os 10 melhores do ‘crono' em 2014, 2017, 2018 e 2019, com Rui Costa no ‘top 10' da corrida de fundo, além do título de 2013, em 2015, 2018 e 2019, um resultado que Poeira ambiciona que Portugal repita.
"A prova em linha será muito seletiva e tem partes com subidas de dois quilómetros e meio, e outras, de um quilómetro, de percentagem [de inclinação] elevada. Vamos ver se conseguimos estar à altura, como temos estado nos últimos anos, de fazer lugares nos 10 primeiros, é o objetivo e temo-lo conseguido", atirou o selecionador.
Segundo José Poeira, o objetivo claro de conseguir "um resultado que dignifique o país" não impede que, dentro do ‘top 10', se queira estar "um bocadinho mais à frente", algo que depende, não só de "oportunidade", como "da sorte e de se fazer por isso".
No contrarrelógio, um traçado mais curto do que o habitual "é melhor para o Ivo", mas "para o Nelson já não é tão bom", uma vez que o homem da Movistar "prefere contrarrelógios que se façam mais duros" e nos quais a parte final pode fazer a diferença.
Para Ivo Oliveira, mais jovem, este Mundial é também "uma experiência", por se estrear na elite e na especialidade numa fase em que "está a andar bem e é um contrarrelogista em crescimento".
Os Mundiais de ciclismo de estrada arrancam quinta-feira em Imola, Itália, com o contrarrelógio individual feminino, enquanto o ‘crono' masculino, com Ivo Oliveira e Nelson Oliveira, está marcado para sexta-feira.
No sábado, as elites femininas disputam a prova em linha, antes dos masculinos, no domingo, com Rui Costa, Rúben Guerreiro, Nelson Oliveira e Ivo Oliveira em ação por Portugal.
Programa dos Mundiais de ciclismo de estrada para elites, que decorrem de quinta-feira a domingo na cidade italiana de Imola:
24 set: Contrarrelógio individual feminino, 31,7 km, 13:40 (horas de Lisboa).
25 set: Contrarrelógio individual masculino, 31,7 km, 13:30 (horas de Lisboa).
26 set: Prova de fundo feminina, 143 km, 11:35 (horas de Lisboa).
27 set: Prova de fundo masculina, 258,2 km, 08:45 (horas de Lisboa).
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