O ciclista português Rui Costa disse hoje ter ficado “contente” com o 10.º lugar alcançado na prova elite de fundo dos Mundiais de estrada, mas “com pena por não ter conseguido mais” na cidade austríaca de Innsbruck.

“Dei o meu melhor por Portugal. Estou contente com o 10.º lugar, com pena por não ter conseguido mais. Agradeço a todos aqueles que me ajudaram e sempre me apoiaram, numa época com vários problemas. Acabar o Mundial no ‘top 10’ é muito gratificante”, assinalou Rui Costa.

O ciclista português, obteve hoje o terceiro melhor resultado de sempre de Portugal na competição, todos conquistados por si, depois do título mundial, em 2013, e o nono lugar alcançado em 2015.

“Estive quase toda a corrida com os melhores. Na última subida longa tentei entrar num grupo, porque sabia que a subida final era muito inclinada para mim. Não foi possível. Tive de gerir o melhor possível, até porque já vinha com cãibras”, explicou.

Rui Costa terminou a 43 segundos do novo campeão mundial, o espanhol Alejandro Valverde, bem à frente de Nelson Oliveira, o segundo melhor representante luso, que gastou mais cinco minutos do que o vencedor e concluiu a prova na 39.ª posição.

“Apesar de o circuito ser bastante duro, dei o máximo, tentando ajudar a equipa, que era o nosso objetivo. Estou contente com a prestação de todos nós”, observou Nelson Oliveira, que na quarta-feira foi quinto classificado na prova de contrarrelógio.

Tiago Machado e Rúben Guerreiro não concluíram os 252,9 quilómetros da corrida, devido a problemas físicos, mas o selecionador nacional, José Poeira, considerou que a equipa atingiu o principal objetivo, que passava por colocar um ciclista entre os 10 primeiros classificados.

“Foi uma boa prestação da equipa. O Rui veio de uma lesão prolongada, o que lhe prejudicou a preparação para esta prova. Tendo em conta que este foi um percurso muito duro, esteve em excelente plano. Só faltou um bocadinho na parte final. Demonstrou que tinha valor para estar na discussão das medalhas”, sustentou José Poeira.