O francês Julian Alaphilippe venceu a 110.ª edição da clássica Milão-Sanremo, o primeiro 'monumento' da época e o primeiro do palmarés do ciclista da Deceuninck-Quick Step.
Alaphilippe, de 26 anos, dominou o pequeno grupo da frente na conclusão dos 291 quilómetros de corrida italiana, batendo homens teoricamente mais rápidos no sprint, como o espanhol Alejandro Valverde (Movistar), campeão do mundo, e o antecessor, Peter Sagan (BORA-hansgrohe). O eslovaco foi quarto, atrás do belga Oliver Naesen (AG2R La Mondiale) e do polaco Michal Kwiatkowski (Sky).
O homem mais vitorioso deste início de época, alcançou o sétimo triunfo do ano, após triunfos na Strade Bianche no início de março e duas etapas na Tirreno-Adriático, e tornou-se o segundo francês a ganhar em Sanremo no século XXI, depois de Arnaud Démare ter vencido em 2016 aquele que forma o grupo dos cinco 'monumentos' com Volta à Flandres, Paris-Roubaix, Liège-Bastogne-Liège e Volta à Lombardia
Em 2017, Alaphilippe já tinha disputado o triunfo, mas acabou atrás de Kwiatkowski e Sagan. No ano passado, não houve discussão, porque ninguém conseguiu responder ao ataque do italiano Vincenzo Nibali, que hoje terminou em oitavo, logo depois de Valverde, num grupo de 10 creditado com com o mesmo tempo do vencedor, 6:40.14 horas.
Agora, foi a vez de Alaphilippe inscrever o nome entre os vencedores da 'classicissima', numa corrida bem controlada pela sua equipa e em que o único português presente, José Gonçalves (Katusha-Alpecin), foi 76.º, a 1.29 minutos.
"Estava protegido, a equipa tinha inteira confiança em mim. Endurecemos a corrida e no sprint pensei sobretudo em não cometer erros", afirmou o gaulês, que antes dos 200 metros finais, apanhou a roda do esloveno Matej Mohoric: "Quando vi partir Mohoric, disse a mim mesmo: 'é agora ou nunca'."
A prova foi em grande parte marcada por uma fuga de 10 corredores, de equipas 'menores' convidadas pela organização, que se mantiveram na frente até à zona das pequenas elevações que pontuam a última hora de corrida. Um deles, Fausto Masnada, andou 260 quilómetros na frente, resistindo até à Cipressa, penúltimo obstáculo da prova.
No Poggio, a última subida, a equipa de Alaphilippe impôs o ritmo, e o francês desferiu um ataque que formou um grupo de excelência na frente, com Sagan, Valverde, Kwiatkowski, Naesen, Wout Van Aert e Matteo Trentin, mas na descida não houve entendimento e outros homens chegaram-se de novo à frente para a discussão final.
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