O ciclista espanhol Alejandro Valverde (Movistar) espera uma 76.ª edição da Volta a Espanha, cujo traçado foi hoje apresentado, “bonita e espetacular”, enquanto o diretor da UAE Emirates a vê ao jeito do esloveno Tadej Pogacar.
“Desde 2012 que a Vuelta é sempre muito dura, espetacular para o público. Este ano, também será muito bonita e interessante até final”, explicou o murciano, campeão do mundo em 2018 e vencedor da prova em 2009.
O veterano analisou o percurso da prova, que parte em 14 de agosto de Burgos e segue até Santiago de Compostela, onde termina em 05 de setembro, e destacou a chegada ao Alto de Velefique, em Almería, na nona etapa, como sendo ao seu jeito, até porque conhece “muito bem” a zona, por ficar perto de casa.
“É uma subida muito difícil. De facto, estive ali em 2009 quando ganhei a Vuelta. Adoro esta etapa”, comentou.
Acabar com um contrarrelógio individual, o que não acontecia há 20 anos, dará “tensão” à corrida, que nem por isso será menos bela, dado o “cenário da capital da Galiza”.
Já Joxean Fernández ‘Matxín’, diretor da UAE Emirates, vê no traçado deste ano “o equilíbrio que lhe tem faltado” nas últimas edições e considerou que, “com tanta montanha e dois ‘cronos, adapta-se bem” ao esloveno Tadej Pogacar, que foi terceiro em 2019 em Espanha e em 2020 ganhou a Volta a França.
“É um chamamento para quem quer fazer os Jogos Olímpicos [antes] e preparar o Mundial [depois]. Um percurso bonito, com muita montanha, mas também ‘sprints’, ‘cronos’... é uma Vuelta homogénea, para todos os tipos de ciclistas”, assinalou.
Espera, disse, trazer Pogacar para prosseguir o domínio esloveno, mas passá-lo para o seu corredor, depois de dois anos ganhos por Primoz Roglic (Jumbo-Visma), sendo que o jovem líder vai estar também no Tour a defender o título.
Por seu lado, ouvido pela agência noticiosa espanhola EFE, o diretor da prova, Javier Guillén, prevê uma edição disputada de forma “emocionante até ao último quilómetro”.
Com quatro finais inéditos, o regresso do ‘crono’ final e a abrangência de várias regiões, além de ir de catedral a catedral, de Burgos a Santiago, em Ano Jacobeu, são outros dos destaques.
“É uma Vuelta de caráter global, pelo território que abarca, já que ocupa os quatro pontos cardeais, acaba na Galiza, diferente de outros anos, e tem flexibilidade e variedade. Inclui elementos diferentes sem mudar a essência”, destacou.
O percurso, hoje apresentado em Burgos, inclui uma distância total de 3.336,1 quilómetros, ao longo de oito etapas maioritariamente planas, ainda que duas tenham um pendente de subida no final, quatro mais ‘onduladas', sete de montanha, dois ‘cronos' individuais, tudo ao longo de três semanas com dois dias de descanso pelo meio.
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