O italiano Alberto Bettiol (Education First) venceu, este domingo, a Volta a Flandres em bicicleta, ao surpreender com um ataque nos quilómetros finais no segundo 'monumento' da temporada.

Tal como tinha feito no Milão-Sanremo, primeiro 'monumento', na altura sem sucesso, Bettiol atacou a menos de 20 quilómetros do final, no 'muro' de Kwaremont, penúltima subida do percurso de 270 quilómetros, entre Antuérpia e Oudenaarde, na Bélgica.

Sem qualquer triunfo na carreira até ao momento, Bettiol estreou-se da melhor forma, numa das primeiras clássicas do calendário, beneficiando da falta de sintonia no grupo de perseguidores.

"Ainda não acredito. Ainda não acredito no que fiz. A minha primeira vitória", disse Bettiol, que disse que percorreu os "14 quilómetros mais longos" da carreira.

Bettiol cortou a meta em 6:18.49 horas, menos 14 segundos do que o dinamarquês Kasper Asgreen (Deceuninck-QuickStep), único a tentar fugir do grupo dos favoritos, e 17 do que o norueguês Alexander Kristoff (UAE-Emirates), primeiro do 'pelotão'.

Desde 2007 que um italiano não vencia a Volta a Flandres, com Bettiol a repetir o feito de Alessandro Balan.

A corrida ficou marcada pela desistência do vencedor em 2018, o holandês Niki Terpstra, devido a uma queda quando estavam percorridos cerca de 110 quilómetros.

De acordo com a equipa Direct Energie, o holandês foi transportado para o hospital para fazer exames.

O português Nelson Oliveira (Movistar), que chegou a andar no grupo da frente, foi expulso da corrida a cerca de 80 quilómetros do final, por, de acordo com a organização, não ter respeitado as normas de segurança.

Na prova feminina, a vitória também foi para uma italiana, com Marta Bastianelli (Virtu Cycling) a superiorizar-se no final dos 159,2 quilómetros à holandesa Annemiek Van Vleuten (Mitchelton-Scott) e à dinamarquesa Cecilie Ludwig (Bigla), todas com um tempo de 4:16.50 horas.

A portuguesa Daniela Reis (Doltcini-Van Eyck) terminou na 55.ª posição, a 4.38 minutos.