
O boxe foi hoje oficialmente incluído no programa dos Jogos Olímpicos Los Angeles2028, numa decisão que encerra uma longa ‘novela’ originada após a suspensão da Associação Internacional de Boxe (IBA).
A 144.ª Sessão do Comité Olímpico Internacional (COI), a decorrer em Costa Navarino, na Grécia, aprovou por unanimidade a recomendação feita na segunda-feira pela Comissão Executiva do organismo, pondo fim à momentânea exclusão do boxe do programa olímpico, devido à inabilitação da sua anterior federação internacional.
O reconhecimento provisório concedido em fevereiro pelo COI à World Boxing fechou a porta ao regresso da IBA e abriu caminho para a readmissão daquela que é uma das modalidades mais clássicas dos Jogos Olímpicos – faz parte do programa desde 1904 -, como sucessor do ‘pankration’.
Em 2023, o COI retirou o reconhecimento à IBA, que está suspensa desde 2019, devido a uma sucessão de escândalos, impedindo aquela federação de organizar torneios olímpicos de boxe e de ter acesso a financiamento por esta via.
Assim, o organismo olímpico tomou conta da qualificação e organização dos torneios de boxe nos Jogos Olímpicos Tóquio2020 e Paris2024.
A IBA está desacreditada por repetidos escândalos de arbitragem, corrupção e dívidas e também por ter um antigo líder ligado ao crime organizado no Uzbequistão.
Antigos campeões olímpicos de boxe saudaram a decisão de incluir o desporto em 2028.
O ucraniano Wladimir Klitschko, medalha de ouro nos Jogos de Atlanta em 1996, disse: "Esta é uma notícia absolutamente fantástica. Ganhar o ouro olímpico foi um dos maiores momentos da minha carreira, e odiaria ver essa oportunidade ser retirada às futuras gerações. Os Jogos Olímpicos são muito importantes para o nosso desporto e estar fora deles teria sido um desastre para o boxe e para os pugilistas, desde as categorias de base aos profissionais"
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