O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, lamentou, este domingo a morte de Kobe Bryant, antigo basquetebolista, num acidente de helicóptero, juntando-se a milhares de mensagens de antigos colegas e outras figuras do desporto.

Trump referiu-se às “notícias terríveis” da morte do antigo jogador, considerado um dos melhores basquetebolistas de sempre, e lamentou as mortes das outras vítimas no acidente.

O antigo presidente dos Estados Unidos Barack Obama também lembrou a morte de uma “lenda nos campos” e como a morte da filha, Gianna, de 13 anos, é “ainda mais dolorosa enquanto pais”, numa declaração em conjunto com a mulher, Michelle.

O norte-americano Kobe Bryant, 41 anos, considerado um dos maiores jogadores de sempre da Liga Norte-Americana de Basquetebol (NBA), morreu hoje na sequência de um acidente de helicóptero em Calabasas, na Califórnia (Estados Unidos), que vitimou outras pessoas, entre elas a filha Gianna, de 13 anos.

“Não há palavras para expressar a dor por que estou a passar com esta tragédia, ao perder a minha ‘sobrinha’ Gigi e o meu ‘irmão’ Kobe”, escreveu Shaquille O’Neal, antigo colega de equipa nos LA Lakers, na rede social Twitter.

O antigo jogador enviou condolências à família Bryant e “aos familiares dos outros passageiros a bordo”, admitindo estar “doente”, um sentimento ecoado por outro antigo colega, o espanhol Pau Gasol.

“Para lá de devastado. O meu grande irmão. Não consigo acreditar”, escreveu, juntando-se a palavras de incredulidade que passaram por José Manuel Calderón, Scottie Pippen ou Luka Doncic, entre muitos outros.

O melhor marcador da história da NBA, Kareem Abdul-Jabbar, afirmou querer lembrar-se “sempre de Kobe como um homem que era muito mais que um atleta” e mais do que alguém que “inspirou uma geração inteira de basquetebolistas”.

No segundo lugar da lista de marcadores está Karl Malone, "sem palavras" perante as notícias, mas "abençoado por ver o impacto no mundo" que Bryant deixou, enquanto Magic Johnson realçou esse papel dentro e fora do desporto, com o antigo jogador a "deixar saudades por todo o mundo".

Nos jogos de hoje da NBA, entre os Denver Nuggets e os Houston Rockets e os San Antonio Spurs e os Toronto Raptors, foi realizado um minuto de silêncio em homenagem ao antigo jogador.

Manu Ginobili disse estar “devastado” e Joel Embiid e Dwyane Wade mostraram-se incrédulos com o acontecimento, com Embiid a lembrar que assistir a jogos de Bryant “foi o ponto de viragem” na vida.

O francês Tony Parker lamentou a perda de “uma verdadeira lenda e um amigo”, enquanto a portuguesa Ticha Penicheiro, antiga jogadora da NBA feminina, escreveu: “Não pode ser real”.

“O basquetebol e o desporto mundial ficaram hoje mais pobres. És eterno, Kobe Bryant”, escreveu a Federação Portuguesa de Basquetebol na rede social Facebook.

Já o Sporting notou que “uma lenda nunca morre” e o guarda-redes do FC Porto Iker Casillas contou ter ficado “pálido”, enviando condolências a “família, amigos, ao mundo do basquetebol e ao desporto em geral”.

Fora do basquetebol, também o primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, lamentou a “trágica notícia” e a perda de um “competidor insuperável”, com outras mensagens de condolências de vários quadrantes, da futebolista norte-americana Alex Morgan e o italiano Andrea Pirlo ao antigo atleta jamaicano Usain Bolt.

Em declarações à AP, outra das figuras do basquetebol, Larry Bird, lembrou o “ícone e homem do mundo” que ajudou a marcar “tantas vidas e comunidades das formas mais positivas”.

O atual ‘mayor’ de Los Angeles, Eric Garcetti, realçou o papel de “gigante” de Kobe Bryant como embaixador da cidade e mencionou, no Twitter, as “qualidades incomparáveis no campo” e o “intelecto e humildade enquanto pai, marido, génio criativo e embaixador do jogo que amava”.

O basquetebolista, conhecido como o 'Black Mamba' (cobra mamba negra), chegou à NBA aos 17 anos e atuou ao longo de 20 anos nos Los Angeles Lakers, tendo sido cinco vezes campeão norte-americano e duas vezes campeão olímpico (Pequim2008 e Londres2012). É um dos únicos sete atletas que ultrapassaram a marca dos 30.000 pontos na carreia.

Kobe era, até há um dia, o terceiro melhor marcador da história da NBA, com 33.643, apenas atrás de Kareem Abdul-Jabbar (38.387) e Karl Malone (36.928), tendo sido agora ultrapassado por LeBron James (33.655).

Em abril de 2016, Kobe disputou a sua última partida na NBA, na qual marcou 60 pontos frente aos Utah Jazz, e tornou-se o jogador mais velho a anotar pelo menos 50 pontos num jogo na NBA.