Está para durar a polémica em torno da recusa de Kyrie Irving em vacinar-se contra a COVID-19. O base dos Brooklyn Nets, da NBA, foi afastado da equipa até decidir vacinar-se mas nem todos concordam com este afastamento.
O debate sobre a decisão da estrela da NBA chegou até ao Congresso norte-americano. A republicana Marjorie Taylor Green, congressista do estado da Georgia e apoiante de Donald Trump, defendeu a opção do basquetebolista, usando uma comparação pouco feliz, que rapidamente tornou-se viral: comparar o vírus do HIV-SIDA com o da COVID-19.
"Esta NBA fascista não deixa jogar Kyrie Irving por rejeitar a vacina, mas deixaram jogar Magic Johnson com HIV [SIDA]", escreveu Marjorie Taylor Green, na rede social Twitter, em referência a Magic Johnson, estrela dos Lakers nos anos 80 e 90, que contraiu o vírus do SIDA.
As críticas a esta infeliz comparação não se fizeram esperar, com muitos internautas a lembrarem a congressista que o HIV propaga-se através de contacto direto de fluidos, enquanto que o contágio do vírus da COVID-19 acontece através de gotículas expelidas através da respiração, por exemplo.
Kyrie Irving continua determinado em não se vacinar contra a COVID-19. O base dos Brooklyn Nets, equipa da Liga norte-americana de basquetebol (NBA), defende que "cada um tem o direito de fazer o que lhe parece melhor".
"Ninguém deveria ser obrigado a fazer o que quer que seja com o seu corpo", sustentou Irving, em publicação na rede social Instagram, um dia após os Brooklyn Nets terem informado que ficaria afastado dos treinos e jogos até cumprir as regras de vacinação contra a COVID-19 do estado de Nova Iorque.
"Não pensem que vou terminar a carreira. Não pensem que vou abandonar este desporto por quererem obrigar a vacinar-me", reagiu o base, de 29 anos, uma das principais figuras da NBA.
De acordo com o site 'The Athletic', o base pode perder até 173,3 milhões de euros pelo afastamento da equipa.
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