A campeã portuguesa dos 35 km marcha, Vitória Oliveira, do Sporting de Braga, considerou que o título conquistado hoje em Porto de Mós "dá ânimo para continuar a trabalhar para concretizar os sonhos".
"Não foi a prova que tinha ambicionado, mas o corpo hoje não esteve como nos treinos. Passei uma semana complicada e o abastecimento não me caiu bem. Mas dá-me ânimo para continuar a trabalhar para concretizar os sonhos", disse à agência Lusa.
Vitória Oliveira procurava baixar das 03:05.0 horas, mas "não foi possível".
"Chegou uma fase da prova em que pensei apenas em gerir e chegar ao fim", explicou.
Ainda assim, conseguiu um título que permite encarar a época com otimismo.
"O primeiro sonho passa por estar presente na Taça do Mundo das Nações. Infelizmente a Federação [Portuguesa de Atletismo] ainda não lançou as marcas e não sabemos com o que podemos contar. A partir daí é trabalhar para a melhor posição possível no ranking da IAAF [Associação Internacional das Federações de Atletismo] e logo se vê", referiu.
Também os Jogos Olímpicos estão no horizonte da campeã nacional, que diz que “não é impossível” chegar a Tóquio.
" Vou tentar trabalhar nessa direção. Vamos ver o que dá. Agora sei onde estão as minhas dificuldades e vou tentar trabalhá-las a partir da experiência que tive aqui em Porto de Mós", conclui.
Nos 50 km marcha, a campeã em Porto de Mós voltou a ser Sandra Silva, do Clube de Futebol Oliveira do Douro (CFOD), que conseguiu ainda um segundo lugar nos 35 km e o título de veteranos nos 20 km.
"Três medalhas é muito bom", considerou a atleta, que como extra ainda retirou sete minutos ao recorde nacional de 50 km marcha de veteranos femininos.
"Esse era o objetivo, baixar um bocadinho a marca, mas arrisquei um bocado na parte inicial e paguei o preço agora na parte final. Foi uma prova de sacrifício, mas foi muito bom. Conseguir tudo isto aos 45 anos é bom demais e, trabalhando - não faço disto profissão - ainda melhor", afirmou.
Sandra Silva vai agora preparar-se para representar Portugal no Europeu de veteranos em março.
Nos 50 km marcha masculinos, o título nacional sobrou - literalmente - para Manuel Marques, do CFOD.
"Tive a sorte dos favoritos desistirem e depois foi só controlar", contou o atleta, visivelmente surpreendido pela conquista.
"Sabe-me muito bem, até porque, possivelmente, deve ser o único que vou conseguir. Estava à espera de conseguir o tempo que fiz, o resultado é que não", reconheceu Manuel Marques, que foi segundo da classificação geral, atrás do húngaro David Tokodi, sagrando-se assim campeão nacional.
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