A atleta sul-africana Caster Semenya, na linha de frente da luta contra as novas regras para atletas hiperandrogénicas, venceu hoje a prova de 800 metros de Stanford, nos Estados Unidos, a contar para a Liga de Diamante.
A dupla campeã olímpica regressou à competição com uma discreta marca de 1.55,70 minutos, suficiente para vencer em Stanford, tirando partido da suspensão das regras estipuladas pela Associação Internacional das Federações de Atletismo (IAAF) sobre os níveis de testosterona das atletas.
O Tribunal Federal Suíço decidiu suspender temporariamente as novas regras da IAAF, que forçam a sul-africana Caster Semenya e outras atletas hiperandrogénicas a tomar medicamentos para reduzir os níveis de testosterona.
Esta suspensão provisória foi decretada após Semenya ter recorrido para a justiça suíça da decisão tomada pela IAAF e permite que a corredora sul-africana participe nas competições sem qualquer restrição enquanto o seu recurso é analisado.
Caster Semenya, que terminou com um tempo longe do seu melhor pessoal da época (1.54,98 minutos), que é a melhor marca mundial, impôs-se às norte-americanas Ajee Wilson, segunda classificada, com 1.58,36, e Raevin Rogers, terceira, com 1.58,65.
A atleta sul-africana justificou a marca obtida com algum cansaço e algum sono, dado ter chegado há pouco tempo aos Estados Unidos, e negou que o conflito com a IAAF a tenha afetado.
“Não pensei nisso. É uma batalha legal entre duas partes que pensam que podem ganhar. Não podemos dizer o que vai acontecer. Estou focada na minha corrida, o que eu posso controlar, no meu treino, e estou feliz com o que fiz hoje”, disse.
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