“Apesar das afirmações do seu diretor-geral, a auditoria profunda detetou uma série de violações financeiras consideráveis”, frisou hoje o presidente do COR, Stanislav Pozdniakov, segundo a agência TASS.
Yuri Ganus, o diretor da RUSADA que releva a situação, reduzindo-a a meros “apontamentos” que serão tomados em conta, é o principal visado das acusações, entre as quais a de abusar do seu cargo num conjunto de conflitos de interesses e corrupção, o que lhe permitiu apropriar-se, indevidamente, de cerca de 1,45 milhões de euros.
A negação de irregularidades acompanha a ameaça de processar o canal Postpravda que revelou os factos, com Ganus a sustentar que os seus autores não entendem “os danos provocados ao sistema antidoping na Rússia”.
Face à gravidade das acusações, o COR prometeu “publicar as auditorias de 2018 e 2019” para que o conselho de observadores da RUSADA as avaliasse e, assim, pudesse agir em conformidade.
“Ganus permanecerá no cargo até que o Conselho Observador tome uma decisão. Depois da informação ser tornada pública, esta pode ser analisada por lei”, avisou o presidente do COR.
Pozdniakov separou Ganus da RUSADA, ressalvando que esta é uma “organização totalmente capaz” de levar a cabo os seus testes antidoping no âmbito do seu trabalho e para os quais “recebe do Estado fundos milionários”.
A RUSADA tem vivido sob constantes escândalos desde 2015, quando a Agência Mundial Antidopagem a suspendeu, depois de ter sido revelado um mega escândalo de dopagem patrocinado pelo Estado russo.
Em dezembro de 2019, voltou a ser dada como “não conforme” para realizar o seu trabalho durante mais quatro anos, decisão contra a qual a RUSADA recorreu nas instâncias jurídicas internacionais.
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