A Associação das Federações Internacionais de Atletismo (IAAF) disse hoje que acatará a decisão do Tribunal Arbitral do Desporto (TAS), em relação ao pedido da sul-africana Caster Semenya relativo às mudanças nos níveis de testosterona em mulheres.
A declaração foi feita pela IAAF, após um encontro entre o presidente do organismo, o britânico Sebastien Coe, e o presidente da Federação sul-africana de atletismo, Aleck Skhosana, em Londres.
Segundo Coe, Skhosana terá dito que é dever das autoridades desportivas e políticas sul-africanas proteger os seus atletas, incluindo as mulheres que podem ser prejudicadas pelas novas regras, como é o caso de Caster Semenya, de 27 anos.
Semenya, campeã olímpica de atletismo, na categoria de 800 metros, sofre de hiperandrogenismo, uma condição que leva à produção de testosterona acima do normal para uma mulher, conferindo-lhe características masculinas, o que, segundo as novas regras, obriga a competir com homens.
O presidente da IAAF afirmou que os novos regulamentos não apontam para qualquer atleta em particular e que o único objetivo é assegurar uma concorrência leal.
"Precisamos de chegar a uma solução justa para os atletas com hiperandrogenismo, que querem competir na categoria feminina, e é isso que se pretende com os novos regulamentos”, disse Coe, assegurando que existem “benefícios no desempenho” dos atletas, por causa dos seus altos níveis de testosterona.
O Tribunal Arbitral do Desporto admitiu, em 19 de junho, a providência apresentada por Caster Semenya contra a nova regulamentação, que, em principio, entrará em vigor em 01 de novembro.
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