Pedro Pablo Pichardo regressou aos pódios em 18 de março, em Belgrado, onde conquistou o segundo lugar no Mundial em pista coberta, após bater duas vezes o recorde nacional ‘indoor’ do triplo salto, com 17,42 e 17,46 metros.
O português contava já 225 dias como campeão olímpico, mas uma lesão no pé, à quarta tentativa, impediu-o de lutar pelo ouro, que ficou na posse do cubano Lázaro Martínez (17,64).
Melhor conseguiu Auriol Dongmo, pouco depois, ao estabelecer um novo recorde de Portugal absoluto no lançamento do peso, com 20,43 metros, para alcançar a medalha de ouro nos Mundiais ‘indoor’.
A primeira vez de Portugal nos dois primeiros lugares de um Mundial em pista coberta foi o prenúncio para a temporada de verão ‘dourada’, com os títulos de campeão do mundo e da Europa ao ar livre de Pichardo.
Aos 29 anos, o saltador do Benfica, de origem cubana, voltou a brilhar no verão, a sua temporada preferida, e apoderou-se das medalhas de ouro em disputa ao ar livre.
Em 24 de julho, em Eugene, no estado norte-americano do Oregon, Pichardo ‘voou’ 17,95 metros na primeira tentativa e assegurou, desde logo, o título mundial, num concurso em que três dos seus saltos valiam sempre a medalha de ouro, 17,92 e 17,57, contra os 17,55 de Hugues Fabrice Zango, do Burkina Faso, e os 17,31 do chinês Yaming Zhu.
Depois de se ter tornado no sétimo português a conquistar um título de campeão do mundo de atletismo, não tardou um mês para nova conquista, com a vitória no Europeu, em Munique, em 17 de agosto.
Desta vez, a medalha de ouro de Pichardo foi assegurada com 17,50 metros, praticamente mais meio metro do que os ‘rivais’, o italiano Andrea Dallavalle (17,04) e o francês Jean Marc Pontvianne (16,94).
O 16.º título europeu no atletismo fez de Pichardo o quarto português a conquistar ouro olímpico, mundial e continental, reeditando os feitos de Rosa Mota, na maratona (Europeus de 1982, 1986 e 1990, Mundiais de 1987 e Jogos Olímpicos Seul1988), Fernanda Ribeiro, nos 10.000 metros (Europeus de 1994, Mundiais de 1996 e Atlanta1996), e Nelson Évora (Europeus de 2018, Mundiais de 2007 e Pequim2008).
Encerrou o ano como começou, com um segundo lugar, na final da Liga de Diamante, sete centímetros atrás do cubano Andy Hernández Díaz (17,70), com um salto de 17,63, e com a esperança de superar os 18 metros e bater o recorde do britânico Jonathan Edwards (18,29).
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