O governo do Quénia garantiu hoje que vai intensificar o combate contra o doping, um dia depois da sua federação de atletismo ter ‘escapado’ às sanções da World Athletics (WA), apesar dos numerosos casos positivos revelados este ano.
“Queremos que o uso de substâncias dopantes seja tão punido como o uso de drogas pesadas”, afirmou o ministro dos Desportos, Ababu Namwamba, garantindo que o governo “está mais preparado que nunca” para uma guerra contra o “flagelo do doping”.
Na quarta-feira, o Conselho da WA, órgão máximo do atletismo a nível mundial, adiou para março de 2023 uma decisão sobre a reintegração da Rússia, suspensa há sete anos devido ao seu esquema organizado de doping, e decidiu não sancionar a federação queniana da modalidade, uma possibilidade que estava 'sobre a mesa' depois dos numerosos casos positivos revelados em 2022.
O Quénia escapou a sanções, mesmo 'minado' por mais de 25 casos de doping em 2022, tendo Sebastien Coe, presidente da WA, revelado a promessa dos quenianos de investimento de cinco milhões de dólares por ano (cerca de 4,81 milhões de euros) durante cinco anos para financiar o combate ao doping (testes, pessoal, investigações).
Desde 2016 que o Quénia está classificado na categoria A (a de maior risco) na lista de vigilância do atletismo mundial e da Agência Mundial Antidopagem (AMA). Entre os atletas sancionados estão Diana Kipyokei, vencedora da maratona de Boston de 2021, Mark Kangogo, vencedor do 'trail' Sierre-Zinal, e ainda Kenneth Kiprop Renju, que venceu a meia-maratona de Lisboa.
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