Numa primeira fase adiada de abril para 14 de setembro, por causa da pandemia de covid-19, a Maratona de Boston passa a ser não viável mesmo no outono, segundo a organização, que anunciou hoje que apenas pretende agora assegurar um "evento virtual", com medalha de participação para quem corra a distância "em casa".
Apesar de a vitória ser disputada por poucas dúzias de atletas, são cerca de 30 mil os que correm por prazer ou para iniciativas sociais e há habitualmente mais de um milhão a assistir no percurso desde Hopkinton até à baía de Boston, o que geraria problemas de distanciamento social agora considerados não ultrapassáveis.
A nova data para a edição 124 passa para 19 de abril de 2021, mantendo-se a a tradição de ser corrida no Dia do Patriota, o feriado municipal em Massachussets, ou seja a terceira segunda-feira de abril, em que se celebram as primeiras batalhas da Guerra da Independência dos Estados Unidos da América.
Os efeitos da pandemia covid-19 fazem-se sentir de forma avassaladora no calendário desportivo, e as maratonas de topo não são exceção. Nenhuma se corre na primavera e depois haverá 15 dias intensos, entre setembro e outubro - Berlim (27 de setembro), Londres (04 de outubro) e Chicago (11 de outubro). Mais tarde só Nova Iorque, em 01 de novembro.
Em 1897, foram só 15 à partida em Boston e para este ano esperavam-se mais de 30 mil, para um percurso considerado um dos mais duros do mundo, por causa das várias colinas que se tem de superar.
Por questões técnicas, as marcas conseguidas em Boston não valem como recordes, o que tem afastado a melhor elite mundial, mas nem sempre foi assim e no seu historial de vencedores há nomes como Rosa Mota. A portuguesa, com triunfos em 1987, 1988 e 1990, ainda é uma das recordistas de vitórias.
A mais famosa edição é a de 2013, mas por razões alheias ao desporto - um atentado, base do filme de 2016 de Peter Berg, Patriots Day.
A nível global, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 355 mil mortos e infetou mais de 5,7 milhões de pessoas em 196 países e territórios. Mais de 2,2 milhões de doentes foram considerados curados.
Os Estados Unidos são o país mais atingido: O total de casos subiu hoje para 1.761.886, com 103.115 mortes contabilizadas.
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