O Comité Olímpico de Portugal (COP) homenageou hoje Fernanda Ribeiro, campeã olímpica dos 10.000 metros em Atlanta1996, destacando o facto de ser a atleta que mais medalhas internacionais conquistou para Portugal.
“És a atleta que tem o melhor palmarés desportivo, a mulher que conquistou no plano internacional mais medalhas”, destacou o presidente do COP, na visita que uma delegação do organismo olímpico fez hoje à Academia Fernanda Ribeiro, na Maia, para a entrega da peça artística que homenageia os campeões olímpicos portugueses.
No seu discurso, José Manuel Constantino destacou ainda a personalidade recatada e modesta da antiga atleta, notando que esse traço do seu caráter pode levar a que muitos portugueses não conheçam o seu currículo, no qual sobressaem o ouro em Atlanta1996 e o bronze em Sydney2000, ambos nos 10.000 metros.
Fernanda Ribeiro agradeceu a homenagem e o reconhecimento, garantindo que continua a dedicar-se ao atletismo, agora na sua Academia que junta já cerca de 150 atletas, com o mesmo empenho que colocou na sua carreira enquanto atleta.
A campeã olímpica portuguesa recordou as conquistas que alcançou com “dedicação e suor”, e disse guardar com carinho as memórias das competições em que participou. “Aquilo que eu ganhei, ninguém me vai tirar”, completou, citada em comunicado do COP.
Em representação da Comissão de Atletas Olímpicos esteve Catarina Costa, que agradeceu tudo o que Fernanda Ribeiro “fez e ainda faz pelo desporto nacional”, considerando que os seus feitos são “uma fonte de inspiração e referência para todos os atletas”.
Na entrega da porta esculpida, obra do português Telmo Guerra, estiveram também presentes João Campos, treinador de Fernanda Ribeiro, que recordou a relação que ambos tiveram e que levou ao sucesso da atleta, e Jorge Vieira, presidente da Federação Portuguesa de Atletismo, que relembrou a importância do percurso de Fernanda Ribeiro para garantir os sucessos desportivos.
Rosa Mota, na maratona em Seul1988, e Pedro Pablo Pichardo, no triplo salto em Tóquio2020, são os outros campeões olímpicos portugueses, que receberão a porta idealizada pelo artista natural da Covilhã, mas emigrante na Suíça desde 2012.
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