O Maratona Clube de Portugal, organizador da meia maratona de Lisboa, felicitou hoje a meia maratona de Valência pela obtenção do recorde do mundo da distância, embora lamente algumas dificuldades sentidas na prova lisboeta.
"Já dei os parabéns ao diretor da prova, Paco Borao [também presidente da Associação Internacional de Maratonas e Corridas de Distância], pelo recorde alcançado. Fiquei contente pelo esforço do clube Corre Caminos, que organiza a prova, mas sentimos pena por ter perdido o recorde", disse à Lusa Carlos Móia, presidente do Maratona Clube de Portugal.
No domingo, o queniano Abraham Kiptum bateu o recorde do mundo da distância, com a marca de 58.18 minutos, retirando cinco segundos ao anterior máximo (58.23), que tinha sido estabelecido em Lisboa, pelo eritreu Zersenay Tadesse, em março de 2010.
"Este recorde incentiva-nos a continuar um trabalho em que fomos pioneiros, de organizar provas de excelência, de enorme reconhecimento internacional, que produziram vários recordes mundiais e que nos levaram até à qualificação de meia maratona mais rápida do mundo. Contudo, nos dias de hoje, há vários escolhos pelo caminho que não nos permitem conseguir um envolvimento da região e da cidade como acontece com Valência", lamentou Móia.
Enquanto Valência passou a deter os dois recordes mundiais da distância, uma vez que a queniana Joyciline Jepkosgei bateu na cidade espanhola o recorde feminino em 2017, com o tempo de 1:04.51 horas, a organização de Lisboa debate-se com várias contrariedades.
“Neste momento há muitas provas em Lisboa, há uma dispersão de apoios e meios que impede apostas seguras em objetivos claros. Sentimos que há vontade da parte do senhor presidente da autarquia e da vereação, mas no aspeto prático ainda nos deparamos com muitas dificuldades. Por exemplo, este ano, complementarmente à maratona de Londres, realizou-se o Congresso Mundial de Agências de Turismo Desportivo. Na tentativa de o trazer para Portugal em fevereiro de 2019, apresentámos a devida candidatura, tendo vencido entre 10 cidades, mas ainda não temos respostas práticas quer da edilidade quer do turismo”, observou.
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