O presidente do Comité Paralímpico de Portugal (CPP), José Lourenço, mostrou-se “satisfeito” com o aumento “muito significativo” nas verbas relativas ao programa paralímpico para Tóquio2020, hoje aprovado em Conselho de Ministros.
O valor atribuído ao projeto paralímpico teve um aumento de 81,6%, em relação ao Rio2016, de 3,8 para 6,9 milhões de euros, enquanto o programa olímpico subiu 13,5%, de 16 para 18,5 milhões.
“É com satisfação que vejo a aprovação. É um aumento muito significativo face ao projeto do Rio de Janeiro, o que significa que com estes valores temos melhores condições de trabalho e preparação”, afirmou José Lourenço, em declarações à Lusa.
Segundo o dirigente do CPP, “os atletas podem esperar, com este aumento, uma evolução gradual, até 2021, nos valores da preparação e também das bolsas”, e espera que o “reforço dos valores” para os próximos quatro anos possa trazer melhores resultados desportivos, ainda que seja “muito cedo” para fazer previsões.
O dirigente explicou que espera ainda “pela assinatura do contrato” e pela fase de definição “do regulamento que permite aceder às verbas”, mas está “convicto” da melhoria das condições, que também são um ”reconhecimento desta dimensão desportiva”.
“Esta dimensão desportiva é uma realidade e merece ser igualmente apoiada. Este aumento significa que é esse o caminho que estamos a percorrer, mais do que o trabalho que o Comité tem feito nestes anos todos”, apontou.
José Lourenço aproveitou para desejar “bom Natal e bom Ano Novo a todos os agentes desportivos” e reforçou a crença “no empenho e na dedicação dos atletas, porque sabemos que faz parte da sua forma de estar”.
O ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, destacou hoje o esforço na convergência entre programas olímpico e paralímpico.
“É um aumento significativo relativamente às verbas dos programas que existiam para o Rio2016, no caso do programa paralímpico representa uma subida de mais de 80%, resultado do nosso esforço para a convergência entre os programas olímpico e paralímpico”, afirmou o governante, que destacou o facto de terem sido aprovados os programas “mais cedo do que no passado”.
“É um momento importante para o movimento olímpico e paralímpico, para as federações, para os atletas e para os treinadores, para que se possam preparar adequadamente com a tão merecida, diria até justa, estabilidade e previsibilidade, durante os próximos anos, tendo em vista os momentos cimeiros, a cada quatro anos”, referiu.
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