As portuguesas Patrícia Mamona (Sporting) e Susana Costa (Academia Fernanda Ribeiro), quarta e quinta classificadas no triplo salto dos Europeus de atletismo em pista coberta, lamentaram hoje ter ficado a quatro centímetros do pódio.
Mamona e Costa saltaram 14,43 metros, num concurso conquistado pela espanhola Ana Peleteiro, com 14,73, enquanto os restantes lugares do pódio foram ocupados pela grega Paraskevi Papahrístou, com 14,50, e pela ucraniana Olha Saladukha, com 14,47.
“Não estou contente porque sei e sinto que estou a valer mais do que saltei. Tive corridas melhores, finalmente estou a conseguir ajustá-la, mas a parte técnica não estava tão boa. Infelizmente não saiu hoje o resultado”, afirmou Mamona, vice-campeã da Europa em 2017.
A saltadora do Sporting abriu o concurso com 14,43, um centímetro do recorde de Portugal em pista coberta, mas nos restantes saltos não conseguiu melhorar, embora, depois de dois nulos, tenha feito 14,29, 14,39 e 14,21.
Mamona fez ainda um balanço positivo da sua época de inverno, apesar de deixar Glasgow com um sabor agridoce.
“Saio com um sabor agridoce. Estive a um centímetro do recorde pessoal, fiquei em quarto lugar, mas agora quero é pensar no futuro, nos Mundiais que são muito importantes. A prova não correu como queria, a medalha ficou a quatro centímetros. Agora tenho aquele ‘feeling' de querer voltar a treinar o mais rápido possível”, explicou.
Já Susana Costa melhorou o seu recorde pessoal absoluto, igualando Mamona em 14,43, mas os seus saltos seguintes foram inferiores aos da sportinguista (14,01, nulo, 14,21 e 14,10), terminando em quinto lugar, melhorando dois lugares em relação aos Europeus de 2017, nos quais foi sétima.
“Estar na final significa que também podemos acreditar em algo mais. Mais cinco centímetros seriam suficientes. Tentei chegar lá, dei o que tinha e o que não tinha, mas feliz ou infelizmente foi o que consegui. É o meu recorde pessoal, por isso não posso estar descontente”, sublinhou.
Depois de ter começado a época tardiamente, Susana Costa destacou o trabalho efetuado com a sua treinadora Teresa Ferreira.
“Só de pensar que há cinco semanas e meia comecei a saltar com menos um metro, atrasei-me um bocado, mas sempre acreditámos que era possível, pois hoje tenho uma treinadora que me entende, que me percebe e consigo ter uma equipa de trabalho o que se notou aqui hoje”, rematou Susana Costa.
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