Yury Maisevich, ex-treinador da velocista bielorrussa Krystsina Tsimanouskaya, foi suspenso por cinco anos pela Unidade de Integridade do Atletismo (AIU) após tentar forçar a atleta a retornar para casa durante os Jogos Olímpicos de Tóquio.

Tsimanouskaya, 27 anos, alegou ter sido levada à força para um aeroporto em Tóquio depois de se recusar a seguir as ordens da equipa bielorrussa durante os Jogos em 2021, tendo conseguido chamar a atenção das autoridades japonesas que intervieram. A alteta fugiu para a Polónia, país que lhe concedeu um visto humanitário.

O seu treinador, Yury Maisevich, também foi considerado culpado de fornecer informações falsas sobre o incidente aos investigadores  A AIU avançou que as ações do Maisevich, de 63 anos, foram "um claro ultraje à dignidade da atleta e um abuso de poder".

"Também contrariou o Padrão de Integridade para 'Honestidade' ao 'fornecer informações falsas ou imprecisas relativas aos incidentes que levaram à partida da Atleta da Vila Olímpica' e, portanto, não 'agiu com a máxima integridade e honestidade em todos os momentos'", pode ler-se.

Maisevich, que se reformou em maio passado, foi imediatamente proibido de participar em qualquer evento ou atividade sob a alçada da World Athletics, ou das suas federações-membros.

Tsimanouskaya, que agora compete pela Polônia, afirmou que temia pela sua segurança se fosse forçada a regressar para a Bielorrússia ex-República Soviética governada pelo regime do presidente autoritário Alexander Lukashenko, que está no poder há três décadas.