A maior maratonista portuguesa, Rosa Mota, antiga campeã olímpica, mundial e europeia, disse hoje que pretende “incentivar” as mulheres da sua idade a “serem também campeãs, cada uma à sua maneira”.
“Ser pioneira é uma honra, é uma das coisas mais difíceis que existe. Agora, tento incentivar as mulheres da minha idade a correr, porque todas podemos ser campeãs, cada uma à sua maneira, já que só cruzar a linha de chegada é uma vitória", referiu, durante a apresentação da 23.ª edição da Meia Maratona de Madrid.
A atual recordista mundial da meia maratona para atletas entre os 65 e os 69 anos, que foi a primeira portuguesa a subir ao topo do pódio olímpico, em Seul1988, afirmou que, neste momento, não pode correr, porque está “doente”, mas confessou que correr é uma “paixão" e que a deixa “muito feliz”.
O etíope Haile Gebrselassie, ex-atleta olímpico, esteve igualmente presente na apresentação da prova, e expressou que “a vida mudou muito em comparação com 20 ou 30 anos atrás”.
"Hoje em dia, as pessoas não treinam apenas para correrem, mas também para conseguirem melhorar a vida. Correr, agora, faz parte da vida”, salientou.
Rosa Mota e Haile Gebrselassie vão ser os embaixadores da 23.ª edição da Meia Maratona de Madrid, que se vai disputar no domingo.
A prova, que decorrerá em simultâneo com uma corrida solidária de cinco quilómetros, deverá juntar cerca de 23.000 participantes.
Rosa Mota, de 65 anos, melhorou em fevereiro passado o recorde do mundo da meia maratona para atletas entre os 65 e 69 anos, ao correr, em Barcelona, os 21,097 quilómetros em 01:24.27 horas.
A atleta portuense, tida como a maior maratonista portuguesa de todos os tempos, foi campeã olímpica da maratona em Seul1988, na Coreia do Sul, e bronze em Los Angeles1984, nos Estados Unidos.
Sagrou-se ainda campeã mundial da maratona em Roma (1987) e europeia em Atenas (1982), Estugarda (1986) e Split (1990), constando ainda do seu palmarés os triunfos nas maratonas de Roterdão (1983), Chicago (1983 e 1984), Tóquio (1986), Boston (1987, 1988 e 1990), Osaka (1990) e Londres (1991).
O etíope Haile Gebrselassie, de 50 anos, conta no palmarés com dois títulos olímpicos nos 10.000 metros e quatro campeonatos do mundo na mesma distância.
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