Agate Sousa destacou hoje a intensidade da final do salto em comprimento dos Campeonatos da Europa Roma2024, em que acreditou até ao fim que podia vencer, mas acabou com a satisfação do bronze.

A saltadora do Benfica começou a final na liderança, com 6,87 metros, num ensaio batido pela alemã Malaika Mihambo, com 7,22, que lhe deram a vitória final, ficando a portuguesa, com os 6,91 do seu terceiro salto, em posição de prata, até a italiana Larissa Iapichino segurar o segundo lugar, com os 6,94 com que fechou a prova.

“Foi intenso, tive de puxar e puxar mais e mais, a cada salto. Porque elas estavam sempre a melhorar e eu não queria ficar para trás”, recordou, à agência Lusa, a atleta natural de São Tomé e Príncipe, após a primeira competição e medalha com as cores portuguesas.

Já com marca de qualificação para os Jogos Olímpicos Paris2024, graças à sua melhor marca do ano (6,98 metros), que ficou a cinco centímetros do seu recorde pessoal (7,03), alcançado em 2023, Agate Sousa admitiu adaptar-se, agora, a competições em dois dias e com seis saltos.

“Eu senti-me bem. No primeiro ensaio fiz um salto bom, para entrar na competição e, depois, poder arriscar mais. Foi isso que quis fazer e consegui fazer”, salientou.

Apesar do ‘voo’ da campeã olímpica em Tóquio2020 e mundial em Doha2019 e Oregon2022, Agate Sousa assegurou que sempre acreditou no triunfo.

“Nunca achei que estivesse entregue. Eu acredito até ao fim, porque, mesmo que seja recorde do mundo, o ouro só é entregue após o último”, sublinhou.

Na zona mista do Estádio Olímpico, ainda antes de ter recebido a terceira medalha de Portugal na 26.ª edição dos Europeus, Agate Sousa já tinha ‘saboreado’ a celebração: “Foi fantástica, mas estou esgotada”.

Esta foi a terceira medalha lusa no comprimento, depois das duas pratas conquistadas pela recordista nacional Naide Gomes (7,12 desde 2008), em Gotemburgo2006 e Barcelona2010.