O canoísta Rui Lacerda dedicou hoje a sua medalha de bronze nos mundiais de maratonas aos seus colegas bombeiros e revelou-se “orgulhoso” pelo primeiro pódio sénior, ciente de que poderia ter conquistado algo mais valioso na Croácia.
“Durante toda a prova pensei muitas vezes nos meus camaradas que estiveram em combate em incêndios em período muito, muito difícil. Por estar na seleção nacional, não tive oportunidade de estar disponível para ajudá-los. Sem dúvida que lhes dedico esta medalha de bronze e que sintam que é de ouro também”, disse o canoísta bombeiro, à agência Lusa.
Em Metkovic, Lacerda concluiu os 26,2 quilómetros do percurso em 1:46.01 horas, a 2.00 minutos do vencedor, o polaco Mateusz Borgiel, e a 55 segundos do segundo classificado, o espanhol Manuel Campos.
“Estou muito, muito feliz com esta medalha, numa prova muito difícil. Após a primeira portagem, tive uma pequena distração que me fez cortar uma boia, o que valeu uma penalização (paragem) de 15 segundos. Depois, fiz a regata toda sozinho, em contrarrelógio e a manter as distâncias e o terceiro lugar. Sabe-me a ouro, pois é a minha primeira em campeonatos do mundo sénior”, regozijou-se.
A nível mundial, o limiano, que este ano foi vice-campeão da Europa em C1 e em C2, com Ricardo Coelho, tem dois bronzes em sub-23.
“Sem dúvida que podia estar a lutar por outro metal. Ambiciono muito o título de campeão do mundo, quero muito ir atrás dele. Hoje, senti que o polaco estava muito forte e era difícil lutar pelo ouro, mas podia pela prata”, assumiu o canoísta, de 32 anos.
No domingo, junta-se novamente a Ricardo Coelho para a competição de C2, na qual promete “lutar com o mesmo espírito” de forma a poder conquistar “outro metal”.
Este é o segundo pódio de Portugal nos mundiais da Croácia, depois de, na quinta-feira, Maria Luísa Gomes ter sido campeã do mundo em K1 júnior, após ter sido igualmente ouro europeu.
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