Os Internacionais de Portugal de badminton, a decorrer até domingo nas Caldas da Rainha, ficaram, na sexta-feira, sem portugueses em prova, tendo os representantes nacionais cedido nos vários encontros dos mapas principais da prova.
O heptacampeão nacional Bernardo Atilano, 145.º do ranking mundial, perdeu ante o jamaicano Samuel Ricketts, 141.º, por 21-17, 20-22 e 21-14, caindo à porta dos ‘oitavos’ do quadro principal.
Atilano, que anunciou uma pausa na carreira após este torneio, confessou à Lusa ter gostado da experiência, mesmo que tenha tido “muitas emoções” na partida.
“Acabar aqui a carreira internacional, em casa, na presença de clube e amigos próximos, a mãe, foi uma junção de muitos sentimentos. Fiz um ótimo jogo para quem veio de lesão, contra um adversário com outro ritmo. Saio de cabeça erguida”, afirmou.
No ‘main round’ de pares mistos, Bruno Carvalho e Sónia Gonçalves não conseguiram contrariar o favoritismo dos franceses Mael Cattoen e Emilie Vercelot, perdendo por 21-5 e 21-12.
Em pares femininos, o quadro principal com maior presença lusa, Cláudia Lourenço e Marta Sousa cederam ante duas inglesas, Chloe Birch e Estelle van Leeuwen, com Mariana Neves e Inês Pardilhó afastadas por oposição polaca, de Wiktoria Dabczynska e Zuzanna Jankowska.
Ante as indianas Priya Konjengbam e Shruti Mishra, Mariana Afonso e Mariana Pinto Leite perderam por 21-15 e 21-14.
“Eram adversárias mais fortes do que nós, sabíamos disso, mas acho que nos portámos bastante bem. Conseguimos tirar rotatividade e experiência deste torneio. Saímos felizes do ‘court’, temos de continuar a caminhada”, explicou à Lusa Mariana Afonso, que já olha para os Internacionais de Malta como próximo desafio no estrangeiro para a dupla.
Mariana Paiva, 258.ª do mundo, e Mafalda Avelino, ainda júnior, tiveram pela frente oposição de grande nível, de Paula Lopéz e Lúcia Rodríguez, dupla espanhola de ‘top 100’ em pares, e não conseguiram chegar aos ‘oitavos’.
No jogo mais renhido, as irmãs Sónia Gonçalves e Adriana Gonçalves, campeãs nacionais de pares, perderam ante Marie Cesari e Lilou Schaffner, de França, por 21-19 e 22-20.
“Jogámos contra um par que costuma bater-se por finais em torneios internacionais. Tínhamos um set na mão, estivemos a ganhar 13-4, mas deixámos o jogo fugir, com erros e alguma ansiedade”, contou à Lusa Sónia Gonçalves.
No geral, mostrou-se “satisfeita” com a prestação ao todo, tendo falhado apenas o quadro principal em singulares femininos, ainda que a “fome de mais” a deixe a lamentar a falta de outra ‘rodagem’ internacional.
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