Multiplicam-se as reações no judo nacional acerca do despedimento da selecionadora Ana Hormigo. Desta feita as palavras vieram de Rochelle Nunes; através da sua conta de Instagram, a judoca agradeceu a Hormigo toda a sua dedicação e foco no crescimento dos atletas.
"Para a nossa treinadora, digo obrigada por inúmeras vezes lutar por nós quando muitas vezes já não tínhamos mentalidade para lidar com tanto stress, sempre a lembrar-nos pelo que lutamos e para quem lutamos, ajudando a manter-nos o foco nos treinos e competições", começa por dizer a judoca lusa.
Rochelle Nunes fala ainda de uma batalha também travada longe dos tapetes, e refere que alguns judocas têm sido ameaçados em consequência dessa luta.
"Já não é um segredo sobre a nossa luta dentro e fora dos tapetes para que tal instituição cumpra com os deveres e o que é de mais importante o código moral do judo. Sofremos cada vez mais represálias e ameaças", continua.
A judoca, nascida no Brasil, mas já com nacionalidade portuguesa, sublinhou ainda ter sofrido tratamentos descriminatórios, tendo em conta o seu trajeto.
"Dentro de tudo isso existe algo que me incomoda profundamente, o fato de não ter nascido em Portugal e me dizerem que não tenho os mesmos direitos e valor que todos os atletas, não nego a minha origem e tenho muito orgulho do país que nasci, quis o destino que Portugal me escolhesse e me acolhesse para juntos irmos atrás dos nossos objetivos, tenho muito ORGULHO E HONRA em dizer que sim faço tudo isso por Portugal, e cada vez me sinto mais motivada a dar 100% por este país", sublinhou.
A selecionadora nacional Ana Hormigo terá sido despedida do cargo através de um email recebido na véspera de uma competição de apuramento para os Jogos Olímpicos de 2024. Uma decisão que já mereceu reações por parte de judocas como Telma Monteiro ou Bárbara Timo.
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