O Águas Santas, último clube que Alfredo Quintana defrontou, lamentou hoje a morte do guarda-redes do FC Porto, na sequência de uma paragem cardiorrespiratória, considerando que o andebolista era “um dos maiores do mundo” e será “eternamente lembrado”.
“Domingo passado estávamos a ver-te ali no nosso pavilhão, sem saber que seria a tua despedida, o teu último jogo, o teu último voo dentro de uma baliza”, refere o Águas Santas na sua página na rede social Facebook.
O clube da Maia refere que Alfredo Quintana, que até marcou dois golos na vitória do FC Porto por 34-26, “foi, como sempre, um pilar e um autêntico guerreiro, na defesa das suas cores com honra e paixão”.
“Jogar contra ti não era fácil, o jogo era diferente quando estavas em campo, sabíamos que tínhamos de estar num dia muito bom, para que o nosso remate te pudesse ser um desafio, porque eras verdadeiramente um jogador fora do normal”, acrescenta a nota.
O Águas Santas realça o “trabalho, mérito e talento” de Quintana, que, desde que chegou a Portugal em 2010, conquistou os apoiantes e adeptos do andebol nacional, deixando uma “marca imensa” e “contribuindo para o salto qualitativo da modalidade”.
“Essas qualidades elevavam-se a nível pessoal, que com muito respeito e carinho, olhavas para todos de igual maneira, com humildade e sempre com o teu sorriso cubano, que não deixava ninguém indiferente”, adianta o Águas Santas, acrescentando que Quintana irá deixar “muitas saudades”.
Para o Águas Santas, o andebol tem muito a agradecer a Quintana, que tornou “este desporto ainda mais especial” e que, por certo, “irá ficar agora mais pobre e mais triste”.
“Da nossa parte deixamos-te a promessa que serás eternamente lembrado, que serás sempre um exemplo para os nossos atletas, e de que, sempre que entrarmos em campo, vamo-nos lembrar de ti, e de tudo o que fizeste por esta linda modalidade”, acrescenta.
A nota do Águas Santas termina com a apresentação de condolências à família de Alfredo Quintana, com os votos de “muita força neste momento difícil”, e um agradecimento ao malogrado guarda-redes “por um dia se ter cruzado com este clube”.
Alfredo Quintana morreu hoje, aos 32 anos, após sofrer uma paragem cardiorrespiratória na segunda-feira, durante o treino dos ‘azuis e brancos’, ao serviço dos quais conquistou seis campeonatos, uma Taça e duas Supertaças.
Quintana, que completaria 33 anos em 20 de março, foi assistido de imediato, com apoio de uma viatura do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), tendo sido transportado para o Hospital de São João depois de estabilizado.
Nascido em Havana (Cuba), o guarda-redes, de 2,01 metros, ingressou no FC Porto em 2010, naturalizou-se português e tornou-se internacional em 2014, tornando-se numa referência da equipa das ‘quinas’, que representou em 67 jogos, tendo feito parte das seleções que conquistaram o sexto lugar no Europeu de 2020 e o 10.º no Mundial 2021, as melhores classificações lusas de sempre.
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